4 de novembro de 2011

O que acontece no mundo do cinema.





O que acontece no mundo do cinema.
"Novas na Tela"
 C&N



Relançamentos Disney em 3D.
Depois do sucesso do relançamento em 3D de “O Rei Leão”, que já ultrapassou os US$ 80 milhões de bilheteria nos EUA e já quase alcançou os US$ 100 milhões no mundo todo, a Disney anunciou que irá lançar uma versão em 3D dos filmes A Bela e a Fera”, “Procurando Nemo”, “Monstros S.A.” e “A Pequena Sereia”. O primeiro lançamento em 3D será “A Bela e a Fera”, que estréia por curto espaço de tempo em 13 janeiro de 2012. O filme é de 1989. Em 14 de setembro de 2012, será a vez de “Procurando Nemo”, também em 3D. O filme é de 2003. “Monstros S.A.”, da Pixar, vem em 18 de janeiro de 2013, seis meses antes da continuação “Monsters University”, em 21/06. “Monstros S.A.” foi lançado em 2001. “A Pequena Sereia” em 3D sai em 13 de setembro de 2013. O original foi lançado em 1989.
É parte do que eu sou,’ diz George Clooney sobre seu novo filme.
Numa entrevista ao jornal Cincinnati Enquirer sobre seu novo filme, “Tudo Pelo Poder” (“Ides of March”), George Clooney revelou a influência de seu pai nos diálogos e no roteiro. Clooney, cujo pai se candidatou a deputado pelo 4º distrito de Kentucky e não foi eleito, disse ao jornal que a abordagem cínica do filme sobre política foi inspirada por sua própria criação. Disse ainda, que alguns comentários e falas do filme foram tirados das colunas que seu pai escrevia, quando trabalhava no extinto Cincinnati PostÉ parte do que eu sou’ disse George Clooney sobre o filme que dirigiu e interpretou.
No filme, que estréia na próxima sexta-feira nos EUA, e está sendo exibido hoje no Festival do RioClooney é Mike Morrisgovernador da Pensilvânia e candidato à presidênciaRyan Gosling é o secretário de imprensa do governador, um idealista que aprende rapidinho o que é o jogo político.
E, numa confissão inesperada, George Clooney revelou que ainda está aborrecido por ter perdido para Brad Pitt o papel em “Thelma & Louise”, e também o papel interpretado por Paul Giamatti em “Sideways - Entre Umas e Outras. ‘Eu estava realmente atolado fazendo muita TV ruim naquele tempo” E fazia testes e mais testes, mas o papel foi para Brad. “Por muito tempo não tive coragem de assistir ao filme’. Além de “Tudo Pelo Poder”, Clooney está em “The Descendants”, de Alexander Payne, que o esnobou para o papel em “Sideways - Entre Umas e Outras”. “The Descendents” estréia no Festival de Nova York no dia 16, e em circuito comercial em 18 de novembro.
Werner Herzog no filme de Tom Cruise.
diretor alemão Werner Herzog (“O Enigma de Kaspar Hauser”, “Aguirre, a Cólera dos Deuses”, “Fitzcarraldo”) será o vilão do filme de Christopher McQuarrie “One Shot”, estrelado por Tom CruiseRosamund PikeRichard Jenkins e Robert Duvall. No filmeTom Cruise é Jack Reacherex-policial militar que está investigando o caso de um atirador acusado de assassinar cinco pessoas antes de ser capturado. Herzog irá interpretar The Zec, um ex-prisioneiro de guerra, que contrata a matança e é o líder de uma conspiração.
One Shot” é o primeiro papel importante de Herzog no cinema americano, onde já emprestou a voz em alguns episódios de “Os Simpsons. Ultimamente, o diretor alemão vem se dedicando mais aos documentários como “O Homem Urso” (“Grizzy Man”), “Into the Abyss”, e o elogiadíssimo “Cave of Forgotten Dreams”, sobre as pinturas rupestres da caverna de Chauvet, no sul da França.
Imagem rara.

Nesta foto, do arquivo da Associate Press, tirada no fim da década de 1920, o fundador da Eastman Kodak Co.George Eastman, (à esquerda) aparece ao lado de Thomas Edison. Ambos estão mostrando suas inveções: Eastman com o filme de rolo e Edison com a câmera cinematográfica. Hoje, depois das câmeras digitais que dispensam filmes, a Kodak está com sérios problemas financeiros.
Thanks for Sharing divulga elenco.
roteirista e diretor Stuart Blumberg (co-autor de “Minhas Mães e Meu Pai”) está rodando em Nova York seu mais novo filme, “Thanks for Sharing. Interpretado por Mark RuffaloTim RobbinsGwyneth PaltrowPatrick FugitJoely RichardsonJosh Gad e Alecia Moore (conhecida como Pink), o filme acompanha um grupo dispare, que tem em comum apenas o fato de serem viciados em sexo e sua determinação de se recuperar do vício. É o que tentam, forjando relações duradouras pela primeira vez em suas vidas. Edward Norton é o produtor executivo.
Duas vezes Mark Wahlberg.
thriller “Contraband”, ainda inédito, deve ter agradado bastante à cúpula da Universal, já que o estúdio está em negociações para escalar seu diretor Baltasar Kormakur, e o astro Mark Wahlberg, para o filme da ação “2 Guns”. O filme acompanha os passos de um agente da DEA (Drug Enforcement Administration) e de um agente secreto da inteligência naval, que estão investigando um ao outro, pois ambos levam dinheiro máfia do narcotráfico.
Contraband” está programado para 13 de janeiro, e seu trailer, que já está na Internet, gerou um boca-a-boca favorável na blogosfera. O cineasta islandês Kormakur está sendo sondado para dirigir, além de “2 Guns”, co-produção Universal/Working Title “Everest”, e o épico “Viking”, para a Working Title. Além de Wahlberg estão no elenco de “Contraband” Kate Beckinsale e Giovanni Ribisi.
Novo grande romance de Keira Knightley.
Joe Wright começou a rodar, na Inglaterra e na Rússia, sua adaptação para o clássico “Anna Karenina”, de Leon Tolstoy. Com roteiro adaptado por Tom Stoppard, o filme é estrelado por Keira KnightleyJude LawEmily Watson, e grande elencoTim Bevan e Eric Fellner, da Working Title, são os produtores, ao lado de Paul Webster. Os três já trabalharam com Joan Wright em “Orgulho e Preconceito e “Desejo e Reparação”, ambos estrelados po Knightley. diretor de fotografiaSeamus McGarvey, a figurinista Jacqueline Durran, e a desenhista de produção Sarah Greenwood, também são os mesmos dos dois filmes. E a editora será Melanie Ann Oliver, de “Jane Eyre”.
Arca de Noé”.
A Paramount irá co-financiar “Noah”, de Darren Aronofsky, e as filmagens terão início abril de 2012.

Aronofsky disse que Noah ira recontar a história da Arca de Noé, como uma fantasia épica. Noé será tratado como o primeiro ambientalista, e o primeiro homem a ficar bêbado, já que foi o primeiro homem a plantar vinhedos. Segundo ele a história está na BibliaChristian Bale está sendo cogitado para ser Noé, mas ele está sendo igualmente sondado pra fazer “Oldboy”, de Spike Lee, “Gold”, de Michael Mann, e “A Star is Born”, de Clint Eastwood.
Quem quer adotar Padfoot?
Ele salvou Harry em “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, mas agora é ele que precisa de um salvador. Segundo o jornal inglês Sunday Express o pastor alemão Berry, que foi o animagus de Sirius Black (Gary Oldman) no filme, está sendo oferecido para adoção por seu proprietário, o stuntman Paul Thompson, que não tem mais condições de cuidar dele. Thompson disse ao jornal que passa longos períodos longe de casa e não pode dar a Berry a atenção que ele precisa.
Quem quiser ler o ‘depoimento pessoal’ e conhecer Berry, pode acessar o site de adoção de pastores alemães: http://www.GermanShepherdRescue.co.uk.
Wanda de Andrade é especialista em mercado cinematográfico
One Shot” é o primeiro papel importante de Herzog no cinema americano, onde já emprestou a voz em alguns episódios de “Os Simpsons. Ultimamente, o diretor alemão vem se dedicando mais aos documentários como “O Homem Urso” (“Grizzy Man”), “Into the Abyss”, e o elogiadíssimo “Cave of Forgotten Dreams”, sobre as pinturas rupestres da caverna de Chauvet, no sul da França.

3 de novembro de 2011

“A mão que aperta o queijo”


O queijo conduz as rédeas do roteiro.

C&N

A piada é velha, mas a ocasião é nova. Diz que o mineiro encontrou o gênio da garrafa e foi instado a fazer três pedidos. ‘Um queijo, uma mulher bonita e outro queijo’, ele pediu. O gênio estranhou: ‘Por que você pediu dois queijos e uma só mulher?’. Ao que o mineiro respondeu: ‘É que eu fiquei com vergonha de pedir três queijos’.
O traço de cultura que gerou esse tipo de anedota é o substrato do doc “O Mineiro e o Queijo. (veja o site e o trailer). Nos debates e apresentações que antecederam o lançamento, o foco quase sempre se concentrou na questão do queijo minas artesanal autêntico, fabricado em pequenas fazendas das serras das Gerais, e sobretudo na restrição que ainda existe a sua circulação nacional. Mas o filme do mineiro Helvécio Ratton tem sua identidade e sua simpatia calcadas no binômio do título. É tanto um filme sobre o queijo quanto sobre um certo modo de vida de quem o fabrica. Falar de mineiro e falar de queijo, aprendemos, no fundo é quase a mesma coisa.
O queijo conduz as rédeas do roteiro, mas quem dá as cartas são os queijeiros do interior, com sua prosódia peculiar, seu jeito amoroso de se referir ao queijo e chamar as vacas pelo nome, sua timidez bem-humorada. Do ponto de vista etnográfico, trata-se de um trabalho clássico. Fala das origens e da tradição do queijo artesanal, produzido por gerações sucessivas das mesmas famílias na Serra da Canastra e nas regiões do Serro e do Alto Paranaíba. Mostra em detalhes o processo de fabrico, da teta da vaca aos balcões do mercado. Discute as questões do comércio e o ‘imperialismo higiênico’ que faz uma regra de inspiração americana dos anos 1950 prevalecer até hoje para impedir que o queijo artesanal mineiro seja vendido fora do estado. Legalmente, pelo menos, já que o trânsito clandestino e as intermediações são tolerados e quiçá estimulados.
Nesse sentido, “O Mineiro e o Queijo se alinha a uma tendência contemporânea do documentarismo internacional, empenhada em valorizar a produção alimentícia local, orgânica e artesanal, em oposição aos gêneros industriais e ecologicamente não-sustentáveis. O americanoFood Inc e o francês Soluções Locais para a Desordem Global são exemplos recentes. O queijo minas artesanal - não padronizado porque varia com o tempo, as temperaturas e até a pressão da mão de quem o fabrica (‘aperta’), aparece aqui como uma reserva de personalidade e um reconhecido patrimônio cultural. As indústrias de laticínios seriam os grandes lobistas por trás das restrições à exportação doméstica do mineirinho, muito embora não pese nenhuma restrição à entrada de queijos similares vindos do exterior.
Helvécio Ratton não se interessou por ouvir os defensores da lei federal de 1952, o que representa um evidente partis-pris na retórica do doc. Afinal, a intenção é mesmo de exercer um papel político na discussão do assunto e na defesa dos artesãos. Mas não é por atender a essa função estratégica que o filme deixa de ser atraente como informação e divertimento. O caráter do mineiro profundo encanta e provoca um certo humor etnográfico. Eis uma categoria que pode soar politicamente incorreta, mas não é assim quando a graça brota da mais pura espontaneidade e de uma visão não preconceituosa. Os conterrâneos que Helvécio foi buscar nos ermos das Gerais, obcecados pelo ‘queijin nosso de cada dia’, são gente que certamente gostaríamos de visitar. E visitar com mais calma e mais gosto do que é possível entrever pela câmera na mão e a montagem, mais preocupadas em informar do que em fazer sentir os ambientes. Ainda assim, para além das atribuições políticas e etnográficas, o filme é delicioso em muitos outros sentidos.
Nota: O diretor Helvécio Ratton postou o seguinte comentário no meu blog: Carlos, achei ótima a resenha. Só não concordo com a afirmação de que não ouvi os defensores da legislação que proibe a circulação do queijo minas artesanal. Ouvi dois técnicos do Ministério da Agricultura e ouvi também um professor da UFMG. Se a defesa que eles fazem da legislação não tem a mesma força do questionamento dos produtores, pesquisadores e técnicos que são a favor da liberação, isso é outra história. Mas a minha posição pessoal fica bem clara no filme: sou contra a posição do ‘Estado babá’ que diz aquilo que podemos comer ou não. Helvécio Ratton
Ao que eu respondi: Caro Helvécio, eu vi as entrevistas dos técnicos do Ministério da Agricultura-MG como contemporizações que nem tentavam explicar nem defender a restrição legal. Sua posição é claríssima, por isso falei em partis-pris. De resto, como cidadão, discordo de você e gosto de pensar que o estado tem leis para proteger minha saúde. Mas quando as leis são absurdas, como parece ser o caso, é preciso mesmo contestá-las. Abraço grande e mais uma vez parabéns pelo filme.
O Mineiro e o Queijo (Brasil - 2011 - 71’) Direção: Helvécio Ratton Distribuição: Espaço Filmes

‘A guerra é agora’

O cinema, enfim, teve a coragem de explorar as ramificações da guerra.


Não se faz mais filme como antigamente. Quantas vezes você já ouviu essa expressão? Talvez ela realmente sirva para classificar diversos gêneros. Veja o suspense, por exemplo. Alfred Hitchcock foi ‘o mestre’. Já morreu, infelizmente. Aí você lembra de “O Silêncio dos Inocentes (1991). Mas eu digo que o filme de Jonathan Demme é exceção. Não regra. Terror? Bom, revire o baú de sua memória só um pouquinho e chegue ao denominador comum que indica a falta de grandes exemplares como “O Exorcista (1973), “A Profecia (1976) ou “O Iluminado (1980) nos dias de hoje. “O Sexto Sentido (1999)? Apenas exceção.

Comédia? Claro, temos algumas boas. Entre elas “Se Beber, Não Case (2009), “O Virgem de 40 Anos (2005) e “Superbad (2007). Mas resgate o passado e coloque na mesa títulos como “Quanto Mais Quente Melhor (1959). Sensação estranha, não? Se ainda considerarmos as comédias românticas, há um abismo no tempo separando as produções de qualidade, como “Bonequinha de Luxo (1961). Acho que nem preciso tocar nos exemplos de musicais e faroestes, não? Há exceções, claro, mas esses gêneros estão definitivamente no passado. Se pensarmos em subgêneros, como os ‘filmes de máfia’, lembramos logo de “O Poderoso Chefão (1972). Alguém quer dizer alguma coisa? Não? Ok, vamos continuar.
Ainda  pra conversar sobre ficção científica, afinal temos contribuições recentes de cineastas visionários que valem discussões sobre o tratamento atual dado ao gênero e seu futuro. Mas se olharmos para trás, enxergando filmes como “2001 - Uma Odisseia no Espaço (1968) e “Planeta dos Macacos (1968), a coisa fica feia. Pelo menos, generalizando. O drama permanece forte, é verdade. Mas alguns pensam que só existem dois gêneros: a comédia e o drama. O resto seria variação desses gêneros. Eu já acho que o certo é não rotular. Mas quem gosta de cinema mais cedo ou mais tarde acaba fazendo listas sobre os melhores westerns, os melhores filmes de terror e por aí vai. É divertido, estimula discussões e aprimora os nossos conhecimentos.
Voltando ao assunto, há um gênero, no entanto, que é exceção, vivendo seu grande momento nos últimos 30 anos. São os filmes de guerra. Como a paz mundial é utopia, a humanidade está sempre se envolvendo em conflitos que enriquecem nações, deixam outras sem nada, fazem pais e mães chorarem e contam cadáveres nos campos de batalha. Tudo isso inspira o cinema. E Hollywood não vai parar. Seja para fazer apologia ao governo, seja para refletir sobre o momento, seja para criticar.
Lógico que existem filmes eternos da gloriosa era de ouro do cinemão, como “Glória Feita de Sangue (1957), “O Mais Longo dos Dias (1962) e “Patton (1970). Mas a guerra em Hollywood é agora. Na verdade, desde 1978 e 1979, quando Michael Cimino fez “O Franco-Atirador e Francis Ford Coppola nos deu “Apocalypse Now. Desde então, cineastas, produtores e roteiristas perceberam finalmente que era possível ser criativo dentro do gênero - desde que a guerra não fosse bonitademasiadamente heróica de se verpara estimular os jovens americanos a defender seus países em território inimigo.
Coppola e Cimino abriram caminho para “Platoon, de Oliver Stone. Foi disparado o melhor filme de 1986, ganhando merecidamente os Oscars de Melhor Filme e Melhor Direção. Pode ter envelhecido tecnicamente, mas “Platoon é muito íntimo e intenso. Com Charlie Sheen, embarcamos no horror de uma guerra até então revista nos filmes americanos com um heroísmo fictício representado por personagens como Rambo, que praticamente ganhou sozinho o conflito que os EUA perdeu. Em “Platoon”, não existem mocinhos nem bandidos, apenas homens fazendo suas próprias regras no campo de batalha - alguns assumindo a loucura da guerraoutros tentando voltar vivos para casa. Outro exemplo é “Nascido Para Matar (1987), de Stanley Kubrick, que veio ao mundo um ano depois, mas sem o reconhecimento da Academia.
cinema, enfim, teve a coragem de explorar as ramificações da guerra. Seja do Vietnã. Seja a Segunda Guerra Mundial, que, ironicamente, ainda tinha muito assunto para ser discutido na telona - prova de que Hollywood ainda não havia explorado o gênero com intensidade. É o caso do holocausto, por exemplo. Steven Spielberg lavou a alma com seu “A Lista de Schindler (1993), assim como Roman Polanski em “O Pianista (2002). Está certo que às vezes é preciso deixar o tempo passar. Talvez Oliver Stone tenha levado alguns anos para compreender o que houve no Vietnã até lançar “Platoon”. Talvez Spielberg não se sentisse suficientemente maduro para filmar A Lista de Schindler logo após “E.T. - O Extraterrestre”, de 1982.
próprio Spielberg foi decisivo para jogar o gênero no futuro, com o seu “O Resgate do Soldado Ryan (1998), que foi copiado, homenageado ou seja lá o que for no modo de segurar a câmera na mão na hora da ação. Assim como na montagem, na fotografia, que parece ter derramado café em cima do filme rodado. Virou tendência, que pode ser notada em “Falcão Negro em Perigo (2001), de Ridley Scott, e até mesmo em “Guerra ao Terror” (2008), de Kathryn Bigelow. A primeira mulher a ganhar o Oscar de melhor direção tem papel importante nessa história. Fez Hollywood finalmente olhar para o recente conflito no Oriente Médio, deixando pra trás outra guerra que deixou feridas incuráveis nos EUAa do Vietnã. “Guerra ao Terror foi Kathryn Bigelow dizendo “Ei, temos uma guerra acontecendo aqui e agoraVocês não perceberam?’.
Os grandes longas do passado devem ser reconhecidos, mas a guerra em Hollywood é agora. Os melhores filmes do gênero são os contemporâneos. Com “Além da Linha Vermelha (1998), de Terrence Malick, além de “A Conquista da Honra (2006) e “Cartas de Iwo Jima (2006), ambos de Clint Eastwood, entre eles. Pode ser que em 20 anos, a gente olhe para trás e note que a onda de maturidade e sua consequente qualidade termine com Kathryn Bigelow. Mas vamos dar tempo ao tempo.
indústria deveria é olhar com mais atenção para os atuais filmes de guerra e se animar para injetar criatividade nos outros gêneros, resgatando assim a era dos musicais e dos faroestes, sem remakes. Ou dos grandes suspenses. Ou dos filmes que realmente metem medo na gente. Seria um novo começo.

‘Loucos por Séries’


Mystérios Canadenses’.
C&N




O canal Globosat HD vem trazendo regularmente, para seus assinantes, muitas novidades em séries e minisséries, produzidas em diversos países, além dos Estados Unidos; todas para alimentar o desenho do público em imagens de alta definição. Foi o canal quem trouxe as elogiadas “Spartacus”, “Camelot” e a nova versão de Robin Hood. A mais recente novidade da Globosat HD vem do Canadá, com “Murdoch Mysteries”.

A série foi produzida em 2008, e narra as investigações realizadas pelo detetive William Murdoch, da polícia de Toronto, que utiliza as mais modernas técnicas forenses, para descobrir os responsáveis pelos crimes que acontecem na cidade. A principal diferença da série, com relação a algumas similares americanas, é que tudo acontece em 1895, época em que a ciência moderna ainda estava caminhando em seus primeiros passos, especialmente nas técnicas para ajudar a polícia nas cenas de crime.
O personagem central, interpretado por Yannick Bisson, começou a se interessar pela ciência ainda criança. Murdoch acredita que, usando todos os conceitos científicos que aprendeu, pode ajudar a polícia a resolver os mais misteriosos crimes, mesmo que seja motivo de gozação de seus colegas policiais, especialmente seu incrédulo chefe. Mas de bobo, ele não tem nada.
Acabou reunindo para ajudá-lo a Dra. Julia Odgen (Helene Joy), alguém tão fascinada pela ciência quanto Murdoch, e o inexperiente guarda George Grabtree (Jonny Harris). Esse trio vai fazer o possível, com o que tem de melhor à mão, para resolver casos que tem deixado a polícia canadense com cara de ponto de interrogação.
Outro detalhe importante sobre Murdoch é que ele é apaixonado pela obra de Arthur Conan Doyle, principalmente as aventuras do detetive inglês Sherlock Holmes. Com esse tempero especial, “Murdoch Mysteries” acabou conquistando o público nos diversos países onde a série vem sendo exibida. Os treze episódios da primeira temporada da série começam a ser exibidos a partir do dia 8 de outubro, pela Globosat HD. O jogo vai começar... em alta definição.
Paulo Gustavo Pereira apresenta o programaLoucos Por Sériesno canal Imagine TV’ (TVA/Telefônica), e o programaAlmanaque dos Seriadospela (ClicTV). Também é editor da revistaSci-Fi Newse autor doAlmanaque dos Seriados’ (Ediouro) eAnimaq - Almanaque dos Desenhos Animados” (Matrix Editora).