31 de maio de 2012

‘Loucos por Séries’


Loucos por Séries
Quem mesmo?
C&N

Como um personagem criado no inicio dos anos 1960, inglês, e com histórias complexas e sofisticadas, conseguiria chegar ao século 21 renovado, inteligente e com histórias divertidas sob todos os aspectos? A resposta pode ser vista diariamente na TV Cultura, que está exibindo com exclusividade o seriado inglêsDoctor Who” que, depois de um hiato de mais de uma década, voltou em 2005 com muita força e com a missão de sair do ares britânicos para conquistar o mundo. E conseguiu...
Doctor Who” começou sua jornada televisiva em 1963, mostrando esse viajante do tempo e do espaço, percorrendo os mais diferentes momentos da história da humanidade, mas ao final de alguns anos, o personagem mergulhou literalmente na ficção científica. Ele, como Senhor do Tempo, viajaria pelos mais distantes pontos do universo, enfrentando adversários tecnologicamente poderosos como os
Dalecks e os Cibermens, mas sempre fascinado pela raça humana. Com o tempo, vários atores foram assumindo a Tardis (Dispositivo de Descolamento Espaço-Tempo), sua nave em forma de cabine telefônica da policia londrina, até que em 1989, o último senhor do tempo encerrou suas aventuras, após cerca de 780 episódios exibidos pela BBC. A Universal faria um especial para a TV, em 1996, e depois disso, apenas a imensidão do espaço-tempo.
A nova série do “Doctor Who foi estrategicamente produzida para atender muito mais do que o mercado britânico. Com o surgimento da BBC América, emissora com conteúdo voltado para o público americano, a nova série viajou nos conflitos entre o Doutor, agora o último remanescente dos Senhores do Tempo, e alguns de seus algozes do passado, principalmente os Dalecks. Foi desenvolvida até mesmo a necessidade de uma companheira para o herói, para atingir o público feminino. Ou seja, ficção para todos os gêneros. Aliás, durante a primeira temporada de 2005, surgiu o capitão Jack Harkness (John Barrowman), personagem principal do primeiro spin off, “Torchwood”, assumidamente omnissexual (pode fazer sexo com qualquer gênero animal, mineral ou vegetal, daqui ou de outro planeta), mas notadamente gay, como o próprio assumido ator.
A série passou obtusamente pelo canal People + Arts, em horários obtusos. Agora na TV Cultura, “Doctor Who” está no horário nobre e sendo exibido desde a primeira temporada. Atualmente, está no ar a quarta temporada, que será a ultima de David Tennant, considerado pelos fãs como o melhor ator a interpretar o papel do último Senhor do Tempo. A TV Cultura também vem exibindo os especiais de Natal, que foram passaram após o final das temporadas regulares, onde foram introduzidas as novas companheiras de viagem do Doutor. Um dos episódios, da próxima semana, será o especial que marca a saída de Tennant e a chegada de Matt Smith, como o terceiro Doctor nessa nova fase.  Mesmo para quem não gosta de ficção, a série é bem escrita e com episódios muito divertidos.
Experimente essa receita...
Paulo Gustavo Pereira apresenta o programaLoucos Por Sériesno canal Imagine TV’ (TVA/Telefônica), e o programaAlmanaque dos SeriadospelaClicTV’. Também é editor da revistaSci-Fi Newse autor doAlmanaque dos Seriados’ (Ediouro) eAnimaq - Almanaque dos Desenhos Animados” (Matrix Editora).

“Anjos da Lei”


Anjos da Lei
Ao mesmo tempo em que brinca com a série original, o filme a respeita.
C&N

Baseado na série dos anos 1980, “Anjos da Lei” não é bem uma adaptação fiel para o cinema da produção para a TV que revelou Johnny Depp, mas uma atualização um tanto radical para os dias de hoje. Inclusive de gênero. A ação continua (com a intensidade, a fúria e a montagem do cinema do século 21), mas se havia humor em “Anjos da Lei”, a série, sua versão cinematográfica chega a esbarrar na paródia, por algumas vezes no besteirol. Principalmente em sua primeira metade. E, haters, aqui vai a boa notícia: funciona que é uma maravilha.
Para a garotada que não conhece a história, “Anjos da Lei” acompanha as aventuras de jovens tiras se infiltrando em escolas para desvendar crimes cometidos entre os alunos. Nos intervalos das missões, os policiais se reuniam numa igrejinha abandonada em Jump Street, exatamente no número 21 (o que explica o título original).
Apesar da atualização, o que realmente diferencia o filme da série é a carga exagerada de humor. Mas que vem nas horas certas. Em certos momentos - como a brincadeira genial com as explosões como clichê do cinema de ação -, “Anjos da Lei” segura as piadas até não aguentar mais, entregando-as no momento ideal. Com Jonah Hill (“Superbad”) assinando o roteiro, não dava pra fugir muito da comédia escrachada. O importante é que, ao mesmo tempo em que brinca com a série original, ele a respeita. E muito. Há ainda uma deliciosa e inteligente inversão de valores que dá uma banana para o chatíssimo politicamente correto que dominou a nossa época. Tudo é planejado com base na intenção de atacar a tendência hipócrita da humanidade em dar as mãos ao que é considerado ‘certinho’. E “Anjos da Lei” não tem dó das regras.
Como a dupla de protagonistas está de volta à escola, o filme de Phil Lord e Chris Miller (os irônicos e talentosos cineastas responsáveis pela animação “Tá Chovendo Hambúrguer”) mostra que os novos populares são os caretas e os nerds. E numa fala agressiva e, ao mesmo tempo, sensacional, o filme justifica o atual cenário jogando toda a culpa na série “Glee”, um dos símbolos culturais dessa tendência.
Não é nada pessoal. Anjos da Lei” apenas brinca com um senso de humor que foi estranhamente proibido. Não quer saber se você pode ou não fazer em casa o que acabou de ser visto na tela. Diabos, na época de desenhos animados como Papa-Léguas, Tom & Jerry e Pica-Pau, os pais não temiam as reações de seus filhos. Talvez um ou outro. Mas não era uma preocupação generalizada, que causou inclusive mudança em letras de músicas que eram retratos de uma época, como ‘Atirei o Pau no Gato’. Cara, eu nunca botei fogo na minha casa. E olha que esse “Anjos da Lei” (o filme) seria censura livre perto do humor de clássicos oitentistas da comédia como “Apertem os Cintos, O Piloto Sumiu”,  “Loucademia de Polícia” e “Corra que a Polícia Vem Aí”.
Jonah Hill ainda pegou para si o papel principal ao lado de Channing Tatum, o maior beneficiado pelo sucesso do filme. Já faz um bom tempo que Hill não precisa mais provar nada a ninguém como comediante. A surpresa foi descobrir recentemente no garoto o talento como ator dramático, em “O Homem que Mudou o Jogo”. O caso de Channing Tatum é diferente. Péssimo (até agora) em dramas, o rapaz provou ter vocação para a comédia. Seja dividindo a cena com Jonah Hill ou com outros atores de “Anjos da Lei”, Channing Tatum chega a ser muito mais engraçado que o badalado Adam Sandler. Portanto continue assim, cara.
E fique atento para uma participação especial relâmpago no fim do filme, que passa definitivamente o bastão para Hill e Tatum. Espero que isso seja um indício de que os novos “Anjos da Lei” chegaram para ficar. Essa é a melhor comédia do ano.
Anjos da Lei(“21 Jump Street - EUA - 2012 - 109’) Direção: Phil Lord e Chris Miller Com: Jonah Hill, Channing Tatum, Brie Larson, Dave Franco, Rob Riggle, DeRay Davis, Ice Cube, Dax Flame, Chris Parnell, Ellie Kemper, Jake M. Johnson e Nick Offerman, entre outros.
Distribuição: Sony Pictures

“O velho e o novo”


O velho e o novo
Um clássico incontestável que desperta admiração até hoje.
C&N

A propósito dos 50 anos da única Palma de Ouro conquistada em Cannes pelo cinema brasileiro, publico abaixo o texto que fiz para o DVD do filme na Programadora Brasil. Não comemorar o cinquentenário dessa vitória foi a maior lacuna da homenagem prestada ao Brasil em Cannes este ano. Não comemorá-lo aqui, com uma bela e recheada edição em DVD e Blu-ray, é prova da inconsistência da indústria cultural brasileira e dos preconceitos que ainda estigmatizam o filme.
O segundo filme dirigido por Anselmo Duarte, galã da Vera Cruz e da Atlântida, é um caso único nas artes brasileiras. Constitui um dos filmes-ponte entre a tentativa de se fazer um cinema industrial, vigente ao longo dos anos 1950, e a proposta revolucionária do então nascente Cinema Novo.
O Pagador de Promessas” foi talvez o ápice do ‘velhocinema brasileiro, neorrealista, convencional, baseado em regras de verossimilhança e continuidade. A luz do fotógrafo Chick Fowle ainda evocava a estética rebuscada da Vera Cruz, assim como a trilha sonora de Gabriel Migliori. No entanto, o filme já continha elementos que iam explodir no Cinema Novo: atores como Othon Bastos e Geraldo Del Rey (presentes logo depois em “Deus e o Diabo na Terra do Sol”) e principalmente o desejo de refletir sobre a realidade brasileira do momento.
Havia certo idealismo na forma como Dias Gomes, autor da peça original, dividiu o quadro social entre o velho autêntico e o novo corrompido. Zé do Burro é ‘atrasado’, ingênuo, reflete o velho Brasil sincretista e aferrado à noção de compromisso. Não é à toa que o filme foi exibido na Europa com o título La Parole Doné (a palavra empenhada). Quando, diante do catolicismo dominante, é instado a renegar sua fé sincrética em Iansã e Santa Bárbara, Zé do Burro se aproxima de personagens como Joana D’Arc, Galileu e Giordano Bruno, vítimas da Inquisição.
Do lado dele ficam os umbandistas e capoeiristas (a raiz africana), assim como o poeta popular. Do outro lado, o mundo do consumo, do comércio e da propaganda: o repórter sensacionalista, os comerciantes oportunistas, o cafetão inescrupuloso. Além, é claro, da igreja dogmática e intolerante, que não admite o sincretismo - ecos de uma velha aliança com o poder dos senhores brancos.
Afora essas figuras emblemáticas, o povo é figuração, serve para encher o quadro e tornar o filme mais plausível. Era ainda a representação popular um tanto folclorista da Vera Cruz. Anselmo Duarte se propôs fazer um filme para disputar festivais internacionais. Daí certa ênfase nas cenas de candomblé, no bloco de carnaval, na roda de capoeira, na lavagem da escadaria - tudo apresentado como espetáculo, em vez de parte orgânica da narrativa.
A estratégia do diretor e do produtor Oswaldo Massaini deu absolutamente certo. Concorrendo com Fellini, Visconti, Antonioni, Buñuel, De Sica e Bresson, “La Parole Doné ganhou a Palma de Ouro de Cannes, o maior prêmio internacionalrecebido por um filme brasileiro até hoje, além de mais quatro festivais no exterior.
A Palma de Ouro gerou uma das histórias mais lamentáveis dos bastidores do cinema brasileiro. Grande parte do Cinema Novo renegou o filme. Glauber Rocha, que antes o havia elogiado, acusou Duarte de filmar uma realidade de esquerda com ideologia de direita. O elogio da simplicidade do homem comum foi visto como uma celebração do atraso, do conformismo e da derrota, em lugar do espírito revolucionário. Como resultado dessa rejeição, o filme caiu em relativo esquecimento.
Não merecia. É um clássico incontestável e desperta admiração até hoje. A sequência em que Zé do Burro ‘namora’ com a imagem de Santa Bárbara poderia ter sido assinada por Buñuel. O uso dramático da escadaria da igreja como símbolo de ascese espiritual e o esforço do personagem para entrar no templo usando a cruz como aríete são, com certeza, momentos culminantes do nosso cinema.

‘Novas na tela’


Novas na tela
Os russos, Tom Cruise, Prometheus e Jackie Kennedy.
C&N

Os russos estão chegando - De mansinho, a indústria cinematográfica russa está pavimentando seu caminho para vencer no mercado internacional. Foram para Cannes, estabeleceram uma film comission em Beverly Hills, convidaram representantes da indústria e da imprensa norte-americana para uma série de screenings (exibições) no 34º Festival Internacional de Cinema de Moscou. De 22 a 24 de junho próximos, a ‘Russian Film Commission USA’, o Ministério da Cultura russo, o Departamento de Cinema deste Ministério e o órgão estatal de promoção do cinema, Roskino (também conhecido como Sovexportfilm), estarão fazendo uma grande promoção do cinema local na feira ‘Digital October Open Roskino Screening - DOORS’, dentro de uma antiga fábrica de chocolate, transformada no Digital October Center. Lá serão mostrados 20 novos filmes russos incluindo “Rita's Last Fairy Tale”, de Renata Litvinova, estrelando o astro do rock soviético Zemfira. Além de encontros com realizadores, serão realizados painéis sobre a indústria cinematográfica do país. O objetivo destas mostras é ‘encorajar encontros com cineastas russos que tenham novos projetos ou mesmo projetos em andamento’. Também pretendem ‘vender’ a Rússia como um bom cenário para locações e um bom parceiro para coproduções.
Em Cannes, o Ministro da Cultura e o Ministro do Exterior, a Roskino e o grupo de comunicação Planeta Inform montaram pela quinta vez o Pavilhão Russo, e mostraram 10 filmes inéditos aos distribuidores do mundo todo, e também equipamentos. O foco foi mostrar que os produtos soviéticos têm um bom apelo para a indústria cinematográfica mundial.
O filme russo de Sergey Loznitsa, “In the Fog", ganhou o prêmio Fipresci da crítica, e o curta da estudante Taisia Igumentsev, “Road To” foi exibido no programa Cinefondation, ganhando um prêmio de 15 mil euros.
Outro projeto mostrado no Pavilhão Russo em Cannes foi “Mayakofsky” o primeiro filme produzido e estrelado pela atriz de “Goodbye Lenin”, Chulpan Khamatova, dirigido por Alexander Shein (“Euphoria”, 2010). Co-estrelado pela supermodel Natalya Vodyanova, “Mayakovsky” explora a vibrante vida e misteriosa morte do poeta em abril de 1930, em Moscou. As filmagens se iniciam no fim do ano na Rússia, Ucrânia, França, EUA, Hungria e Canadá, devendo chegar às telas em 2014.

Suspense de Tom Cruise tem novo título - O próximo filme de Tom Cruise tem novo nome. No lugar de “One Shot”, a Paramount Pictures optou por “Jack Reacher”, que é o nome do personagem de Cruise. Reacher é o protagonista de uma série de romances do escritor Lee Child. O que sugere que o estúdio está vendo potencial para uma franquia.
Esse primeiro filme é baseado romanceOne Shot”. Nele Jack Reacher é um policial que precisa desvendar o mistério que envolve um atirador que teria matado cinco pessoas. Também estão no filme Richard Jenkins, Rosamund Pike e Robert Duvall.

  
Prometheus está faturando - Prometheus”, o próximo blockbuster do verão, que estreia em 1º de junho no Reino Unido, 8 de junho nos EUA, 15 de junho no Brasil, e hoje no resto do mundo, já está faturando com a venda antecipada de ingressos. Estrelando Michael Fassbender, Charlize Theron, Noomi Rapace, Idris Elba e Logan Marshall-Green, o filme de Ridley Scott já faturou US$ 737,588 com a pré-venda de 30 mil ingressos nos cinemas Imax BFI ingleses.
No início de maio o exibidor já havia vendido 18.287 ingressos na primeira semana. A melhor semana de todos os tempos dos cinemas Imax BFI londrinos. Uma semana antes da estreia, as pré-vendas continuaram a bater recordes, ultrapassando o desempenho de “Avatar” e “Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2”.
O filme marca a volta de Ridley Scott ao gênero ficção científica, gênero que ele ajudou a definir com “Alien- O Oitavo Passageiro” (1979) e “Blade Runner” (1982). “Prometheus” narra a história de um grupo de exploradores que descobre um caminho para destrinchar as origens da humanidade, o que os leva numa viagem aos pontos mais obscuros do universo. Lá eles terão que lutar para salvar o futuro da raça humana. O filme abre nos cinemas Imax da Inglaterra à meia-noite de hoje.

 
Minka Kelly será Jackie Kennedy - Lee Daniels, diretor da “Preciosa - Uma História de Esperança”, escalou Minka Kelly para interpretar Jackie Kennedy em seu próximo filme, “The Butler” (O Mordomo). O filme gira em torno de Eugene Allen (Forrest Whitaker), mordomo da Casa Branca, que trabalhou com oito presidentes. Matthew McConaughey será JFK, John Cusack interpretará Richard Nixon, Alan Rickman será Ronald Reagan, e Jane Fonda, Nancy Reagan.
Wanda de Andrade é jornalista especializada em mercado cinematográfico.

c&n festival


Green Nation Fest
Festival discute e experimenta a sustentabilidade a partir do entretenimento.C&N
Rio de Janeiro - Acontece, de hoje, dia 31, até 7 de junho, na Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro, o ‘Green Nation Fest’.
O evento é gratuito e composto por diferentes atrações, como mostra de longas e curtas metragens, instalações audiovisuais que simulam situações extremas (como enchentes e queimadas), quiz, oficinas, seminários com convidados brasileiros e estrangeiros, e competição de obras sobre sustentabilidade, com júri formado por renomados profissionais como Cacá Diegues, Dira Paes e Luis Erlanger.
Na mostra de longas-metragens haverá, inclusive, a pré-estreia mundial do filme “The Carbon Rush”,  com presença da diretora, Amy Miller.
Confira a programação em: www.greennationfest.com.br.

CINEfoot - Festival de Cinema de Futebol
Evento acontece de 31 de maio a 5 de junho.
C&N

São Paulo - O CINEfoot - Festival de Cinema de Futebol é o único festival de cinema do Brasil e da América Latina exclusivamente dedicado à exibição e promoção de filmes sobre nossa maior paixão nacional: o futebol. Pelo terceiro ano consecutivo o CINEfoot ocupa uma lacuna no circuito brasileiro de festivais, que não possuía um evento com o tema Futebol.
Esta terceira edição do CINEfoot, acontece de hoje, dia  31 de maio, até o próximo dia 5 de junho, no Museu do Futebol (dentro do Estádio do Pacaembu) e na Reserva Cultural (Av. Paulista, 900).
Um dos destaques deste CINEfoot, será a exibição histórica do documentário longa-metragem, em 35 mm, “Brasil Bom de Bola”, dirigido por Carlos Niemeyer. O filme traz imagens raras das conquistas da Seleção Brasileira, sobretudo na Copa do Mundo de 1970.
E inovando mais uma vez, foi lançando o aplicativo CINEfoot, que pode ser baixado para as plataformas iPhone, iPad e Android. Nele, será possível encontrar toda a programação do festival, dicas, curiosidades, fotos e as redes sociais do CINEfoot.
Importante: todas as sessões têm entrada franca.
Confira a programação em: www.cinefoot.org.

4o Festival Internacional de Documentário Musical
In-Edit Brasil 2012 abre hoje.
C&N
 
São Paulo - A quarta edição do ‘Festival Internacional de Documentário Musical - In-Edit Brasil 2012’, abre hoje, para convidados, com a exibição de “Lira Paulistana e a Vanguarda Paulista”, de Riba de Castro. Destaque da programação do festival, o filme conta a história da mítica casa ‘Lira Paulistana’, espaço catalisador de tendências musicais na cidade de São Paulo, no período de 1979 a 1986.
Foi no número 1091 da Rua Teodoro Sampaio que Itamar Assumpção, Grupo Rumo, Premeditando o Breque, Titãs, Cólera, Inocentes e uma infinidade de outros nomes apareceram na cena musical paulistana. Mas era ali em frente, na Praça Benedito Calixto, que o ‘Lira’ funcionava como selo discográfico, editora, promotor de shows e facilitador de encontros.
O diretor Riba de Castro, produtor da casa, realiza aqui um documento completo que resgata os principais momentos dessa história, servindo de registro e inspiração para as novas gerações.
In-Edit Brasil - 4º Festival Internacional do Documentário Musical
Quando: dea 10 de junho - São Paulo - Abertura para convidados: 31 de maio, às 19h30 no MIS-SP.
Ver locais e programação em: http://in-edit-brasil.com/2012/.

Mostra de Cinema ‘Memória e Transformação’


Mostra de Cinema Memória e Transformação
Evento é uma promoção do Ministério da Cultura e do Instituto Vladimir Herzog’.
C&N

Em celebração aos 75 anos de nascimento de Vladimir Herzog, jornalista que foi torturado e assassinado em 1975 pela ditadura, em São Paulo, a cena cultural paulistana recebe, a partir de hoje, eventos gratuitos de cinema, artes gráficas e música erudita que retratam, de forma artística, o impacto de movimentos políticos, como a ditadura e o holocausto, na vida da sociedade contemporânea.
Numa iniciativa do Instituto Vladimir Herzog, com apoio do Ministério da Cultura, a mostra, com diferentes linguagens, de filmes a concerto, passando por imagens históricas e mesa-redonda sobre os Direitos Humanos no Brasil, conterá mensagens em favor da democracia, liberdade, direito dos cidadãos à vida e à justiça e fim da violência.
As atrações têm início com a Mostra de Cinema Memória e Transformação’ e exposição de cartazes sobre a Anistia, exibidos na Cinemateca Brasileira e, no caso dos filmes, também no CineSesc. Na abertura desses eventos, hoje, dia 31, será exibido a céu aberto o único documentário dirigido pelo jornalista Vladimir Herzog, o curtaMarimbás” (1963), e o filmeTire diré” (1960), de Fernando Birri, mestre do documentarismo argentino, professor e parceiro de Vlado.
Mostra de Cinema Memória e Transformação
Onde: Cinemateca Brasileira - Largo Senador Raul Cardoso, 207 Tel.: (11) 3512-6111 e CineSesc - Rua Augusta, 2075 Tel.: (11) 3087-0500 Quando: abertura hoje, dia 31, às 19hMais informações: www.vladimirherzog.org.br.

“Armações do Amor”


Armações do Amor
Comédia romântica chega em DVD da ‘Paramount’.
C&N

Matthew McConaughey é Tripp, um homem de 35 anos, que ainda vive com os pais. E quem pode culpá-lo? É grátis, ele tem um quarto grande, e mamãe (Kathy Bates) lava e passa. Loucos para vê-lo fora de casa, seus pais contratam uma bela mulher, Paula (Sarah Jessica Parker), para dar a ele um leve… empurrãozinho. O que eles não imaginavam é que Tripp devolveria o empurrão! Zooey Deschanel, Justin Bartha e Bradley Cooper co-estrelam esta romântica batalha de vontades, que prova que não há lugar melhor que a nossa casa.
Armações do Amor (“Failure to Launch” - EUA - 2006 - 96’) Direção: Tom Dey Com: Matthew McConaughey, Sarah Jessica Parker, Zooey Deschanel, Justin Bartha, Bradley Cooper e Kathy Bates, entre outros.
Blu-ray: Menu interativo - Seleção de cenas Tela: Widescreen Anamórfico (1.85:1) Áudio: Dolby Surround (5.1) Idioma: português, inglês, espanhol, francês e italiano Legenda: português, inglês, espanhol, francês e italiano Extras: sem extras
Distribuição: Paramount Home Entertainment

“A Garota do Adeus”


A Garota do Adeus
Delicada, divertida e instigante.
C&N

Reunir essas qualidades num mesmo texto teatral não é para qualquer um, mas é simples para Neil Simon, um campeão dos sucessos na Broadway. Nascido em 1927, escreveu peças como “O Estranho Casal”, seu sucesso mais recentemente montados por aqui.
Agora estreou em São PauloA Garota do Adeus”. Peça que merece, como quase todas as obras (como “Descalços no Parque”, por exemplo) da enorme coleção do autor, o título que escolhemos para esse artigo.
O enredo trata de uma senhora, Paula, atriz abandonada pelo marido, o qual simplesmente subloca a própria casa, onde ela e a filha moram. Fazer o quê? Era ele quem tinha assinado o contrato...
O responsável pela ótima adaptação é Edson Fieschi, que também interpreta o novo locatário com brilho, e tem que se acertar com a protagonista Paula, a cargo da maravilhosa Gabriela Duarte, cuja filha - na peça -, Júlia Gomes, de tenra idade, promete ser uma futura Fernanda Montenegro. Em papeis secundários, Nilton Bicudo (que está dando um verdadeiro show em “Coisa de Louco”, peça nova de Fauzi Arap), e Clara Garcia que interpreta uma bailarina, um pouco atriz, convincentemente.
Além de emplacar na direção de elenco, Elias Andreato está bem cercado de profissionais experientes: o cenário é de José Dias, o figurino de Fábio Namatame, a luz é do famoso produtor Mário Martini, que surpreende quem não o conhecia por esse dom.
Por essas e outras não deixe de ver “A Garota do Adeus”. É mais um grande acerto do Teatro Renaissance, que não costuma errar no repertório.

A Garota do Adeus Texto: Neil Simon Direção: Elias Andreato Com: Gabriela Duarte, Edson Fieschi, Júlia Gomes, Nilton Bicudo e Clara Garcia.

Onde: Teatro Renaissance- Alameda Santos, 2233 - Jardins Tel.: (11) 4013-1212 Quando: 6ª às 21h30; sábados, às 21h; domingos, às 18h Até: 05/08 Quanto: de R$ 70 a R$ 80

É isso... Tenham um bom dia!

30 de maio de 2012

”Nise da Silveira - Senhora das Imagens”


Nise da Silveira - Senhora das Imagens
Espetáculo multilinguagem em cartaz no Teatro Eva Herz.
C&N
No palco, uma celebração de teatro, dança e personificação, embalada por música especialmente composta para tal, além de expressivas imagens, sobrepostas a toda esta ação. Mariana Terra usa de toda esta linguagem para contar a vida e o trabalho da psiquiatra alagoana Nise da Silveira. Filha do psiquiatra Raffaele Infante, um dos discípulos de Nise, Mariana desde cedo teve contato com o trabalho desta e, sob a direção de Daniel Lobo (também responsável pela dramaturgia do espetáculo), o traz à cena em “Nise da Silveira - Senhora das Imagens”.
O trabalho de Nise, revolucionário nos anos 1940, em síntese, utilizava-se da pintura como forma de expressão para os pacientes em tratamento de esquizofrenia da médica, que se opunha veementemente à aplicação de eletrochoques nos pacientes, em voga no período.
No espetáculo, Mariana se manifesta e personifica a própria Nise, com coreografia especialmente criada pela bailarina Ana Botafogo, em seu primeiro trabalho para teatro, assim como a música, especialmente composta pelo pianista João Carlos Assis Brasil. A peça conta ainda com participações virtuais de Ferreira Gullar (em imagens gravadas) e do ator Carlos Vereza, com uma narração em off, personificando o psicanalista Carl Gustav Jung.
De estrutura sofisticada, cada apresentação do espetáculo revela-se uma experiência única para a plateia, uma vez que as combinações coreográficas raramente se repetem a cada dia. E o espectador também é diversamente atingido pela força das imagens e da dança, resultando invariavelmente em absorções de impulsos específicas a cada um.   
A boa notícia, para aqueles que desejem manter esta experiência viva na memória, é que o espetáculo foi registrado em DVD, e que este pode ser adquirido, com exclusividade, na Livraria Cultura. O DVDNise da Silveira – Senhora das Imagens”, além do espetáculo na íntegra, traz ainda um disco extra com mais de quatro horas de conteúdo exclusivo, incluindo bastidores, entrevistas, coreografias inéditas da Ana Botafogo e documentários, ao preço de R$ 47,90.
Enquanto experiência sensorial, “Nise da Silveira - Senhora das Imagens é item obrigatório na agenda cultural da cidade. Não perca!
Nise da Silveira - Senhora das Imagens
Onde: Teatro Eva Herz - Livraria Cultura - Conjunto Nacional - Av. Paulista 2073 - Bela Vista Tel.: (11) 3170-4059 www.teatroevaherz.com.br
Quando: 5ª e, às 21h Até 27/07 Quanto: R$ 50
Assista ao clipe do espetáculo em: http://www.youtube.com/watch?v=Ns_x0rCxI8w

‘Isto é Fox’


Isto é Fox
Suave é a Noite- Jennifer Jones em mais um momento marcante!
C&N
Nascida em Oklahoma, Jennifer Jones ou Phylis Lee Isley (seu nome de batismo), chegou a Hollywood em 1939. Além do Oscar recebido por sua atuação em “A Canção de Bernadette” (“The Song of Bernadette” - 1944), em sua vitoriosa carreira, foi ainda indicada como atriz coadjuvante por seu desempenho em “Apenas um Coração Solitário” (“None But the Lonely Heart” - 1945), e como atriz principal por “Um Amor em Cada Vida” (“Love Letters” - 1945), “Duelo ao Sol” (“Duel in the Sun” - 1946), e finalmente por “Suplício de uma Saudade” (“Love is a Many-Splendored Thing” - 1955).
Casada com o lendário produtor David O'Selznick, após o mal recebido pela crítica “Adeus às Armas” (“A Farewell To Arms” - 1957), Jennifer ficou sem filmar por quase quatro anos. Principalmente pelo fato de os executivos da 20th Century-Fox não quererem investir, à época, em outro projeto de Selznick.
Mas, finalmente, em 1961, o elenco foi definido e as filmagens de “Suave é a Noite” começaram na Suíça, em plena primavera. A princípio, Jennifer queria como seu par romântico o belo William Holden de “Suplício de uma Saudade”, mas ele não estava disponível para o projeto. Chamaram então o veterano Jason Robards, assim como Joan Fontaine, Jill St. John e Cesare Danova.
O filme possui uma belíssima fotografia, com locações na Riviera Francesa e Zurique, sem contar com luxuosa produção. Vejam uma sequência: http://www.youtube.com/watch?v=vBTB6U3AUOo
A milionária americana Nicole Warren (Jennifer Jones) tem graves problemas psíquicos, tanto que sua irmã, Baby Warren (Joan Fontaine, excelente), é sua tutora legal. Nicole acaba sendo internada numa clinica especializada na Suíça, sendo atendida pelo Dr. Dick Diver (Jason Robards). Mas o médico e a paciente acabam se apaixonando e se casam. E, na medida em que Nicole se recupera da doença, Dick vai abandonando sua carreira, tornando-se cada vez mais dependente dela, emocionalmente e financeiramente.
O filme estreou em 19 de janeiro de 1962, e teve uma indicação ao Oscar de Canção Original, ‘Tender is the Night’, que foi muito popular, no Brasil, na voz do cantor Moacyr Franco.
Suave é a Noite” está disponível em DVD pela ClassicLine.

Suave é a Noite (“Tender is the Night” - EUA - 1962 - 146’ - Cinemascope/Color De Luxe) Baseado na obra homônima de F. Scott Fitzgerald (1899/1961) Direção: Henry King (1886/1982) Produção: Henry T. Weinstein (1924/2000) Com: Jennifer Jones (1919/2009), Jason Robards (1922/2000), Joan Fontaine (1917), Tom Ewell (1909/1994), Cesare Danova (1926/1992), Jill St. John (1940) e Paul Lukas (1891/1971), entre outros.
DVD Idioma: inglês Legendas: português, inglês e espanhol Áudio: Stereo Tela: Tela Cheia 1.33 (4x3) Extras: sem extras Distribuição: Classicline
Música-tema: "Tender is the Night", composta por Sammy Fain (1902/1989) e Paul Francis Webster (1907/1984)
A trilha sonora composta por Bernard Herrmann (1911/1975): Main Title’/ ‘The Beach’/ ‘Breakdown’/ ‘The Mirror’/ ‘The Dawn’/ ‘The Closing Door’/ ‘The Walk’/ ‘The Lake’/ ‘Vacation’/ ‘The Embrace’/ ‘Honeymoon’/ ‘The New Year’/ ‘The Elegy’/ ‘Thunder’/ ‘Regrets’/ ‘The Porthole’/ ‘Finale’.
Na próxima semana, um sucesso romântico inesquecível:A Fonte dos Desejos”, com Clifton Webb, Dorothy McGuire, Jean Peters e Louis Jourdan. Não percam!

“Habemus Papam”


Habemus Papam
Atores somos todos nós e, particularmente, os religiosos.
C&N
Tenho o pé atrás com o cinema italiano, que envolva o Vaticano, desde que assisti (ah, foi você!) o ridículo e desnecessário “O Papadoc”, com o ridículo e desnecessário Roberto Benini. Como você vê, faz tempo. Contudo, apesar de andar meio afastado de Nanni Moretti, aproveito um horário pós-almoço para ir ao Reserva Cultural ver “Habemus Papam”, filme que eu diria até audacioso, por invadir fisicamente o Vaticano com um roteiro tolerável ao Vaticano.
Não dá para contar quase nada sem entregar o ouro aos bandidos. Trata-se em um momento de crise que poderia acontecer em qualquer país, corporação, comunidade ou empresa. Mas aqui, acontece no conclave do Vaticano, com mil implicações de cerimoniais, rituais, sigilos e compromissos, administrados por religiosos idosos e mais ou menos caquéticos.
A situação é tão delicada que, ao invés de esperar um milagre, os envolvidos procuram a solução através de um famoso psicanalista ateu (Nanni Moretti). É claro que limitado ao sigilo, que veda até saber o nome do ‘paciente’, o profissional tem muito pouco a fazer. Enquanto o chefe do cerimonial tenta soluções paliativas, o psicanalista aplica terapia ocupacional ao grupo de confusos e desorientados cardeais.
Paralelamente acontecem situações com exposições interessantes, como quando o personagem em conflito (Michell Picolli, em desempenho correto) assiste o ponto de vista externo ao Vaticano, em mídias de rua ou que, preservando o sigilo como religioso, se qualifica como ‘ator’. Verdade: atores somos todos nós e particularmente os religiosos que desempenham durante toda a vida o mesmo papel do mesmo roteiro, da mesma peça e repetem soluções contidas em um folheadíssimo manual.
Na situação kafquiana, surgem paralelos com a peça de Tchecov, “A Gaivota”, no momento em cartaz em Roma. E que terá exposição interessante em algum momento do filme. “Habemus trás à consideração da compreensão da capacidade e responsabilidade da assunção de um grande compromisso, e não à simples aceitação milenar de que ‘Deus dispôs e eu cumpro’.
Nanni sai-se muito bem, aproveitando o espaço que lhe foi facultado e mantendo-se absolutamente em cima do muro em relação à religião. Eu, como aplicado super-oitista aumentaria a expectativa do problema colocando flashes da expectativa do público na Piazza San Pietro. O final é lógico e correto.
Habemus Papam foi um filme que me restaurou o crédito em filmes no Vaticano e me confirmou a falibilidade das decisões papais.
Habemus Papam (Itália/França - 2011 - 102’) Direção: Nanni Moretti Com: Michel Piccoli, Nanni Moretti, Jerzy Stuhr, Renato Scarpa e Margherita Buy
Distribuição: Vinny Filmes