‘Ciclo
Fim
do Mundo: Eu
Vou!’
Programação deste final de semana.
C&N
Neste sábado
28,
normal às 15h e gratuito, tem continuidade o ciclo ‘Fim do Mundo: Eu
Vou!’ com o muito comentado “Melancolia”, de Lars
von
Trier, praticamente onipresente nas listas de melhores de 2011.
Acho
uma visão bem peculiar do pré-apocalipse - discutiremos isto na semana que
vem,
dia 05/05, com a presença de Roberto
Sadovski.
A história
pública do mais recente
trabalho do diretor dinamarquês Lars von Trier começou no
Festival
de Cannes em maio do ano passado, com um escândalo de incorreção
política, a expulsão do diretor e a Palma de Prata de
atriz para Kirsten Dunst, e avançou até colocar
o
filme em praticamente todas as listas no mundo de melhores de 2011.
Von Trier continua a praticar seu cinema polemista, extremamente
pessoal
(e por isso perturbado em diferentes níveis) e de elaboração estética de
tirar o
fôlego. Depois de mais uma introdução de intensa beleza plástica, como em
“Anticristo” (2009), o diretor conta sua crônica familiar e de
fim
de mundo em dois atos. No primeiro, acompanha-se a cerimônia de casamento e
festa de Justine (a americana Dunst, a versão pop de “Maria
Antonieta”, 2006) e Michael (o sueco Alexander Skarsgaard,
filho do ator Stellan, que desde 2008 se consagrou no elenco central da
série de
vampiros “True Blood”), num evento que expõe todas as hipocrisias
daquele
núcleo familiar; no segundo ato, o que era pano de fundo de conversa se
torna o
centro das atenções, ou seja, a possibilidade de um misterioso planeta,
Melancolia, colidir com a Terra e destruí-la, situação
à
qual Justine reage com placidez, até indiferença, enquanto sua ansiosa irmã,
Claire (a inglesa Charlotte Gainsbourg, de
“Anticristo”),
surta e entra em pânico.
Com direção e roteiro de Lars von Trier, este drama de ficção científica é uma perfeita súmula de muitos dos questionamentos colocados pela filmografia do cineasta, um homem cético e cínico por natureza. E assim como aconteceu em seus “Dogville” (2003) e “Manderlay” (2005), este novo longa conta com um vasto elenco de talentos internacionais, a começar pelo próprio Stellan Skarsgard, que interpreta o pai do noivo; o alemão e prolífico Udo Kier, que colaborou diversas vezes com Von Trier desde “Europa”, 1991; até mesmo o astro de “24 Horas” Kiefer Sutherland; e os pais da noiva, John Hurt (que recentemente participou de “O Espião que Sabia Demais”, 2011) e Charlotte Rampling (que brilha desde “O Porteiro da Noite”, 1974, e foi admirada por François Ozon em seus “Sob a Areia”, 2000, e “Swimming Pool - À Beira da Piscina”, 2003). Praticamente sem trilha musical, o filme é uma inquietante investigação sobre a sinceridade no ser humano e a franca possibilidade do fim. Como acontece com toda grande obra, esta não deixa o espectador indiferente, para o bem e para o mal.
Com direção e roteiro de Lars von Trier, este drama de ficção científica é uma perfeita súmula de muitos dos questionamentos colocados pela filmografia do cineasta, um homem cético e cínico por natureza. E assim como aconteceu em seus “Dogville” (2003) e “Manderlay” (2005), este novo longa conta com um vasto elenco de talentos internacionais, a começar pelo próprio Stellan Skarsgard, que interpreta o pai do noivo; o alemão e prolífico Udo Kier, que colaborou diversas vezes com Von Trier desde “Europa”, 1991; até mesmo o astro de “24 Horas” Kiefer Sutherland; e os pais da noiva, John Hurt (que recentemente participou de “O Espião que Sabia Demais”, 2011) e Charlotte Rampling (que brilha desde “O Porteiro da Noite”, 1974, e foi admirada por François Ozon em seus “Sob a Areia”, 2000, e “Swimming Pool - À Beira da Piscina”, 2003). Praticamente sem trilha musical, o filme é uma inquietante investigação sobre a sinceridade no ser humano e a franca possibilidade do fim. Como acontece com toda grande obra, esta não deixa o espectador indiferente, para o bem e para o mal.
28 de abril:
Melancolia (“Melancholia” -
Dinamarca/Suécia/França/Alemanha - 2011 - 136’) Direção:
Lars von
Trier
Agradecimento:
Califórnia Filmes
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