“Armadilha”
O importante é não
buscar
explicações.
C&N
Impossível não comparar
“Armadilha” com “Por um Fio”, filmes com
estrutura e pontos de partida bem similares. Se em
“`Por um Fio” o protagonista ficava
“encarcerado”
numa cabine telefônica, em “Armadilha” três amigos se
veem
presos num caixa automático, numa madrugada gelada, ameaçados
por
um homem violento.
Assim como no clássico
“Encurralado”, aqui o vilão também não tem
rosto,
nem motivação explícita. Ele apenas representa o terror, pura e
simplesmente. Um terror que traz em seu subtexto o atual momento de
pânico que assola a economia americana, já que suas vítimas
trabalham numa corretora de valores. O que pode ser apenas
coincidência.
Ou não.
Há um
clima de crueldade gratuita, de
uma
suposta vingança ou apenas, talvez, de uma injustificável e
recorrente loucura urbana. O importante é não buscar
explicações nem relações simplistas de causa e efeito, mas apenas
embarcar no clima de horror e suspense que o filme propõe.
Quase tudo se passa num único
tempo e num único espaço, marca característica, aliás, do
roteirista Chris Sparling, que já havia roteirizado o mais
radical
(e melhor) “Enterrado Vivo”. A direção do estreante
David Brooks pode não ser genial, mas é eficaz.
Dois
destaques positivos de
“Armadilha”: o ator Josh Peck, sucesso juvenil no
seriado
“Drake e Josh”, fazendo aqui um belo rito de passagem
para
o cinema adulto. E – sem estragar nada – um final que
escancara as
injustiças de quem observa o mundo sob um único ponto de
vista.
Armadilha
(ATM -
EUA
/
Canadá - 2012 - 90’) Direção: David Brooks Com: Alice Eve, Josh Peck, Brian Geraghty,
Aaron
Hughes, Omar Khan, Will Woytowich, Robert Huculak e Glen Thompson, entre outros.
Distribuição: PlayArte Pictures
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