“Zombie
Prom”
‘Uma anedota alarmante
sobre
a angústia
adolescente
atômica!’’.
C&N
Da série ‘CDs de Broadway que você deveria ter mas nunca
ouviu falar’, gostaria de destacar hoje a gravação de ‘Zombie Prom, Original Off-Broadway
Cast’ (First Night - 1996). O show foi criado pelo
talentoso time do letrista-libretista John Dempsey e do compositor Dana P. Rowe – os mesmos de “As
Bruxas de Eastwick” –
que
minaram o familiar terreno adolescente-nostálgico-ficção-científica-terror
de
“LIttle Shop”/
“Rocky Horror” com
um
pouco de “Bye Bye
Birdie” e “Grease”, e vieram com esta
brincadeira de curta-duração na Off-Broadway.
Como o título
sugere é sobre um veterano morto-vivo que volta para comparecer no seu baile
de
formatura (prom) e reclama o amor
de
Tofee, sua namorada, nos
atômicos anos 1950 de Eisenhower. Lá a lei é estabelecida
por
uma diretora maluca e tirana. Tofee é a bela veterana que
caiu
de amores pelo bad boy da classe. Por pressão da família é
obrigada a terminar o romance, e ele parte com sua moto para o depósito de
lixo
nuclear. Ele ainda quer se formar, mas acima de tudo, ele quer levar Toffee para o baile. Quando
ele
volta que nem um zumbi radioativo, a diretora quer que ele morra, e um
repórter
de escândalos quer aproveitá-lo como a aberração da semana.
Certamente “Zombie Prom” é uma bobagem, mas uma bobagem
bem
estruturada, de dimensões modestas, com melodias-pastiche espertas e
engraçadas,
letras inteligentes, que realmente rimam.
Ouça quão
suavemente as músicas transitam do diálogo em outras músicas neste
CD cheio de estilo, que apresenta um ensaio apreciativo feito
por
Martin Gottfried historiador de
teatro musical. Neste link você poderá
ouvir o score do
musical.
O
elenco está entre o melhor dos anos
1990: Jessica-Snow Wilson
está completamente adorável como Tofee (‘Where once that girl was
effevercent/ She’s now a poster-child
depressant/ A problematic post-pubescent’ - ‘Onde uma
vez aquela menina era
efervescente/ Ela
agora serve para modelo de anúncio de calmante/ Uma
problemática pós-adolescente’),
enquanto que Richard Roland é um
zumbi doce e de voz maleável. Como o jornalista de
imprensa-marrom
que se mistura com os frequentadores do Colégio Enrico Fermi,
Richard Muenz finalmente encontra
um
papel onde sua canastrice é uma qualidade. E como Delilah Strict, a apavorante
diretora
da escola, Karen Murphy é uma
diva
camp com tremendo
vozeirão, na
medida. No teatro seu ‘Rules, Regulations, and Respect’ parava o show, e nós temos a
sorte
de ter isto preservado num CD.
Tendo no elenco
RuPaul Charles no papel da
diretora, Darren Robertson (Johnny) e
Dea Vise (mãe de Tofee), em
2006 foi lançada uma versão filmada de meia hora do musical (assista
aqui ao filme
completo).
Cláudio Erlichman
é
publicitário
e produtor
cultural.
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