Muito Além de um Conto de Fadas
‘Loucos por Séries’
‘Loucos por Séries’
C&N
Num momento de puro deleite de Jeffrey Katzemberg, que
havia
saído bruscamente da chefia de produção da Disney, por
políticas
internas criadas pelo seu chefe, Michael Eisner, nasce Shrek, um dos grandes
sucessos
da DreamWorks, estúdio que montou em parceria com Steven
Spielberg e David Geffen. A animação bate firme na base de
sustentação do império Disney, os contos de fadas, brincando
com
antigos sucessos dos desenhos animados como Branca de Neve,
Cinderela e Pinóquio, entre outros. O sucesso
abriu
a porta para que o cinema começasse a ver ou rever os contos de fadas de
várias
formas, ora comédia como Espelho, Espelho Meu, com Julia
Roberts como a Rainha Má, ora suspense como A Garota
do
Capuz Vermelho, a versão sombria de Chapeuzinho
Vermelho.
Agora, se no cinema é possível fazer isso, por que não da
TV?
O
primeiro episódio de Once Upon
a
Time, que o canal Sony passou a exibir esse mês, nas
noites de 5ª feira, é uma prova de que é possível levar os
contos
de fada para a TV e conseguir extrair boas histórias, capítulo
a
capítulo. Criada pela dupla Edward Kitsis e Adam Horowitz,
produtores e roteiristas de Lost, a série vem conquistando
cada
vez mais público na rede ABC, que pertence à
Disney.
E por quê? Simples, a história traz para os dias de hoje todos os
personagens
que embalaram os sonhos de muitas crianças no último século, em suas
diversas
versões, em mídias variadas. O atrativo dessa nova versão de Branca de
Neve, o Príncipe Encantando, a Rainha Má
e
todos os outros coadjuvantes importantes do mundo das Fadas, é
que
como e por que estão vivendo nos dias de hoje.
E
tudo começa com Era uma
Vez..., num reino distante, a jovem Branca de Neve é
salva
pelo Príncipe Encantado, que com um simples beijo, resgata a
princesa da morte após ela ter comido a maçã envenenada das mãos da
Rainha
Má. Mas, no dia do casamento do casal real, a Rainha
aparece e lança uma maldição sobre o reino encantado que, no futuro próximo,
sofrerá por tê-la expurgado. Como isso não acontece de imediato, o casal
encantado tem ainda tempo de ver sua filha nascer. A pequena
Emma,
contudo nasce no exato dia em que a maldição cai sobre o reino. Seu destino,
contudo, é alterado por um truque aplicado pelos pais. Emma
cresce
longe dali em lares adotivos, o que a transforma numa pessoa um pouco
revoltada,
por não ter conhecido seus pais.
A
reviravolta na vida de
Emma
começa quando ela conhece o pequeno Henry, que afirma ser seu
filho, o qual ela abandonou uma década antes. Ela leva o garoto de volta à
cidade de Storybrook, para descobrir que algo estranho existe
no
lugar. Na realidade, Emma está no reino encantado que foi transportado para
o
futuro humano pela Rainha, que hoje controla a prefeitura da
cidade e é a madrasta adotiva de Henry. As atitudes suspeitas
de
todos no lugar levam Emma a ficar na cidade para descobrir o
que
está acontecendo com o garoto. O grande segredo - desconhecido pela própria
Emma -, é que ela é a única que poderá quebrar a maldição,
para
que todos sejam felizes para sempre...
O
mais interessante é que a dupla de
criadores aproveitou o aprendizado de Lost, e vai contar o passado em
flashback de todos os personagens clássicos, e porque eles são o que
são.
E com isso garantir episódios que vão sair das investigações de
Emma. Agora, resta acompanhar essa história que tem que durar
algumas temporadas para chegar ao final feliz... Será?
Once Upon a Time
Canal Sony - 5ªs feiras, às 21h00 - reprise na meia noite de 5ª
Paulo Gustavo
Pereira
apresenta o
programa
‘Loucos Por Séries’ no canal
‘Imagine
TV’ (TVA/Telefônica), e o programa
‘Almanaque dos Seriados’ pela ‘ClicTV’. Também é editor da
revista
‘Sci-Fi News’ e autor do ‘Almanaque dos Seriados’ (Ediouro) e “Animaq -
Almanaque dos Desenhos
Animados” (Matrix
Editora).
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