13 de julho de 2012

Wicked, Jersey Boys e Les Misèrables


Wicked, Jersey Boys e Les Misèrables

Fãs de musicais têm grandes perspectivas no cinema.
C&N - com informações de Deadline.com

Enquanto a Disney se prepara para apresentar finalmente, na Comic-Con, sua versão não musical de Oz: Mágico e Poderoso (Oz: The Great And Powerful, 2013), dirigido por Sam Raimi e estrelado por James Franco, Mila Kunis, Rachel Weisz e Michelle Williams, a Universal deu mais um passo para deslanchar a versão musical do tema com Wicked: está cortejando Stephen Daldry para a direção do filme. Ao mesmo tempo, Jon Favreau está em aceleradas negociações para dirigir a versão para cinema de Jersey Boys, outro grande sucesso da Broadway. Ambos os shows estão entre os que mais faturam na temporada dos palcos de Nova York, e nas companhias nacionais. A presença de Favreau já é dada como certa, mas a chegada de Daldry ao projeto de Wicked ainda é uma surpresa.

Wicked, um prelúdio ao Mágico de Oz (The Wizard of Oz, 1939), é baseado na novela de Gregory Maguire Wicked: The Life And Times Of The Wicked Witch Of The West, que conta o começo da relação entre Glinda, a fada boa, e Elphaba, a feiticeira de pele verde, antes dela subir numa vassoura. O projeto foi, inclusive, desenvolvido para as telas antes de se tornar o fenômeno que é nos palcos mundiais, ao se tornar uma sensação instantânea, que recuperou rapidamente seu investimento original de US$ 14 milhões (em 2004), tornando-se um dos recordistas de arrecadação com o show da Broadway e mais oito companhias nacionais, percorrendo o país, e arrecadando por volta de US$ 1,4 milhão por semana, e às vezes chegando a US$ 2 milhões semanais. Sem sinais de perder o interesse do público no show, a Universal considera que este pode se tornar seu novo Mamma Mia! (outra adaptação de um sucesso da Broadway), que se tornou uma das maiores bilheterias globais de todos os tempos para o estúdio.
E Daldry, que recentemente dirigiu Tão Tão Forte e Tão Perto (Extremely Loud And Incredibly Close, 2011), vindo de trabalhos como O Leitor (The Reader, 2008) e As Horas (The Hours, 2002), não é um estranho em termos de musicais, já tendo dirigido o Billy Elliot (2000) original, nos cinemas, e já tendo recebido também um prêmio Tony pela direção da peça An Inspector Call (1994).
Favreau, cotado para dirigir Jersey Boys, contando a história do grupo vocal Frankie Valli & The Four Seasons - numa produção da Columbia, tendo os próprios Frankie Valli e Bob Gaudio, do grupo original, como produtores executivos - entende de fortes relações entre amigos, já tendo dirigido os dois filmes do Homem de Ferro (2008 e 2010), antes do megafiasco John Carter: Entre Dois Mundos (2012). Jersey Boys conta a história da formação do grupo vocal que, de bad guys passaram a sensação pop norte-americana, vendendo 175 milhões de discos antes de sequer completarem 30 anos de idade. O musical da Broadway já faturou mais de US$ 1 bilhão pelo mundo afora, desde que estreou em 2005, vencendo quatro prêmios Tony (inclusive Melhor Musical) e um prêmio Grammy para a trilha sonora.
Mas, além destas especulações - com grandes possibilidades de concretização - o que é certo, mesmo, é a estreia de Les Misèrables na tela grande, em 12 de dezembro próximo (EUA). Grandemente antecipado por sua legião de fãs, Les Mis - baseado na obra-prima da literatura mundial, de Victor Hugo - estreou na Broadway, depois de originalmente encenada na França (existe a gravação original em francês da trilha do espetáculo, que apresenta muitas diferenças da versão final, em inglês) e ser adaptada para os palcos ingleses do West End - em março de 1987 fazendo, em sua primeira montagem de Nova York, o total de 6680 apresentações, um dos recordistas dos palcos mundiais.
E a versão cinematográfica, que está chegando, conta, além da intrigante escolha para a direção de Tom Hopper (O Discurso do Rei, 2010), com um elenco all star, sonho de qualquer fã do assunto: Hugh Jackman como o protagonista Jean Valjean e Russell Crowe como sua nêmesis, o inspetor Javert; Anne Hathaway como Fantine; Amanda Seyfried como Cosette; Helena Bonham Carter e Sacha Baron Cohen como o casal Thénardier (não parecem feitos um para o outro?), o alívio cômico do espetáculo; Eddie Redmayne como Marius, interesse romântico de Cosette e Éponine; Samantha Barks (a única a ter feito o papel nos palcos) como Éponine, filha dos Thénardier; Aaron Tveit como Enjolras, líder estudantil; e Colm Wilkinson, o lendário criador do papel de Valjean nos palcos, como o Bispo de Digne, numa participação que promete ser emocionante.
Um detalhe interessante desta adaptação para cinema é que (diz a lenda) os atores realmente interpretaram as canções durante a filmagem, sem dublagens, o que parcialmente pode ser comprovada no trailer (de cortar o coração), que pode ser visto aqui Les Misèrables trailer. Emocione-se e espere.

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