‘Ciclo
Alumbramento’
Programação deste final de semana.
C&N
Neste sábado,
na
programação gratuita às 15h no MuBE, na
segunda exibição especial ligada ao
coletivo
cearense
Alumbramento, o primeiro filme com direção coletiva da trupe,
Praia do Futuro, anterior à do Karim Aïnouz, em
filmagem.
Cinema autoral e sangue novo.
Praia do FuturoTendo como
ponto de partida a Praia do Futuro (uma das praias mais badaladas
de
Fortaleza), 18 realizadores, espalhados por 15 episódios,
compuseram um emaranhado de olhares e afetos, que por vezes se fundem e/ou
se
confundem, numa experiência coletiva livre, sem regras, sem comando e sem
dinheiro.
Este filme em episódios antecipa a estrutura do posterior e consagrador “Os Monstros”. São quinzes curtas-metragens justapostos, a maioria com cerca de cinco minutos de duração, apenas dois deles chegando aos dez. As partes se fusionam de forma por vezes harmoniosa, a ponto de o espectador desatento sequer perceber algumas passagens de curta, e em outras há fade-outs (escurecimentos) ou cortes abruptos. A desconexão entre as partes atende aos movimentos livres do improviso, do próprio free jazz que por vezes é ouvido.
Tudo começa no escuro, com as luzes de pouso de um avião se preparando para aterrissar à noite. Em off, a descrição de um rompimento amoroso. Em alguns momentos, o filme é um diário de família na praia, em outro é a rápida saga de um jegue ao som de estranha trilha sonora. No quinto episódio, “Depois do Fim”, o narrador em off declara ter vindo de 2017, que o mundo acabou em 13 de maio de 2015 e que ele era uma gravação, portanto uma contradição. No episódio 07, “Banho de Sol para Dinossauros”, uma releitura do compositor Ludwig van Beethoven serve de fundo musical para dinossauros tombados e frases na tela como “cafuné é utopia em cabelo” - o episódio, de praticamente dez minutos, termina com David Bowie cantando ‘Heroes’ em alemão. Na parte seguinte, um punk rock convive com a melodiosa banda Beirut.
Para maiores informações estatísticas e realistas sobre a Praia do Futuro, atenção ao curta de número 09. O episódio 10, “Aprenda a Nadar”, apresenta um homem de verde, uma mulher de vermelho e um peixe fora d’água. Em seguida, um curta que começa com cores berrantes, uma trave de gol e ritmo latino e termina com imagens filtradas, quase apocalípticas, ao som de um belo arranjo para ‘The End’, dos Doors. E o filme avança, e os relógios voltam ao início do cinema. No fim, a pichação no muro toma a tela: ‘Praia do Futuro: Aqui o Tempo se Perdeu’, ao som da guitarra de Fernando Catatau (Cidadão Instigado; coletivo Instituto).
Este filme em episódios antecipa a estrutura do posterior e consagrador “Os Monstros”. São quinzes curtas-metragens justapostos, a maioria com cerca de cinco minutos de duração, apenas dois deles chegando aos dez. As partes se fusionam de forma por vezes harmoniosa, a ponto de o espectador desatento sequer perceber algumas passagens de curta, e em outras há fade-outs (escurecimentos) ou cortes abruptos. A desconexão entre as partes atende aos movimentos livres do improviso, do próprio free jazz que por vezes é ouvido.
Tudo começa no escuro, com as luzes de pouso de um avião se preparando para aterrissar à noite. Em off, a descrição de um rompimento amoroso. Em alguns momentos, o filme é um diário de família na praia, em outro é a rápida saga de um jegue ao som de estranha trilha sonora. No quinto episódio, “Depois do Fim”, o narrador em off declara ter vindo de 2017, que o mundo acabou em 13 de maio de 2015 e que ele era uma gravação, portanto uma contradição. No episódio 07, “Banho de Sol para Dinossauros”, uma releitura do compositor Ludwig van Beethoven serve de fundo musical para dinossauros tombados e frases na tela como “cafuné é utopia em cabelo” - o episódio, de praticamente dez minutos, termina com David Bowie cantando ‘Heroes’ em alemão. Na parte seguinte, um punk rock convive com a melodiosa banda Beirut.
Para maiores informações estatísticas e realistas sobre a Praia do Futuro, atenção ao curta de número 09. O episódio 10, “Aprenda a Nadar”, apresenta um homem de verde, uma mulher de vermelho e um peixe fora d’água. Em seguida, um curta que começa com cores berrantes, uma trave de gol e ritmo latino e termina com imagens filtradas, quase apocalípticas, ao som de um belo arranjo para ‘The End’, dos Doors. E o filme avança, e os relógios voltam ao início do cinema. No fim, a pichação no muro toma a tela: ‘Praia do Futuro: Aqui o Tempo se Perdeu’, ao som da guitarra de Fernando Catatau (Cidadão Instigado; coletivo Instituto).
“Praia
do Futuro”
(experimental - DV - Brasil - 2008 -
92’) Direção,
produção, fotografia
e
argumento: coletiva
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