‘Sabia que existe em Blu-ray?’
Indispensável não apenas para os fãs de policiais, como para os admiradores de Al
Pacino.
C&N
Talvez um dos filmes mais cultuados de todos os tempos - sobretudo no
gênero
policial - “Scarface” há muito deixou de ser objeto de
admiração
apenas dos seus (muitos) fãs, tornando-se quase um ícone pop. E essa
característica multiplica-se ainda mais quando se fala somente de seu
protagonista, o traficante cubano Tony Montana,
interpretado de forma inesquecível por Al Pacino.
Lançado em 1983, o
longa é fruto da parceria de dois dos maiores cineastas dos anos 1980:
Brian
De Palma, que desistiu de realizar “Flashdance” para
ingressar
no projeto, e Oliver Stone (que pouco tempo depois, venceria o
Oscar de Melhor Diretor por “Platoon”), responsável
pelo
roteiro, por sua vez baseado no clássico filme “Scarface - A Vergonha de uma
Nação”,
de Howard Hawks.
E
é seguro dizer que dificilmente a
jornada
de Montana, que tem início nas ruas de Miami e termina
em
mansões extravagantes e montanhas de cocaína, seria a mesma sem a presença
da
dupla - sobretudo de Stone, que construiu algumas das cenas mais
histéricas de sua carreira, mais de dez anos antes do frenético
“Assassinos Por Natureza” (1994).
Curiosamente, a
versão que chegou aos cinemas comercialmente havia sido censurada pela
Motion Picture Association of America, que exigiu cortes na
fita.
De Palma obedeceu, mas esta segunda versão foi novamente censurada.
Quando uma terceira versão também foi censurada, o cineasta e o produtor
Martin Bregman convenceram os censores de que a ideia do filme era
apresentar o submundo do tráfico de forma crua e realista, daí sua
violência.
Assim, a
terceira
versão foi finalmente liberada, mas, como nem os censores ou os executivos
do
estúdio conseguiam diferenciar os cortes feitos, De Palma acabou
lançando
a primeira versão, sem corte algum - algo que ele só assumiria publicamente
meses depois, com o lançamento do filme em VHS.
Mas, mesmo com
toda
sua violência e apuro na direção - apesar do longa, hoje, ter um visual
datado -
o ponto forte de “Scarface” é, sem dúvida, a interpretação de
Pacino. Se atualmente é comum ver o ator gritando descontroladamente
em
cena - algo que ele parece fazer ligado no piloto automático - aqui ele usa
este
artifício para construir um personagem que, mesmo caminhando nas altas rodas
do
crime, jamais abandonou o “estilo das ruas”.
Claro que
sempre
vem à mente a icônica cena final (que, de quebra, rendeu a frase ‘say
hello
to my little friend!’), mas isso ocorre durante todo filme. Se nos dois
primeiros “O Poderoso Chefão” ele domina as cenas usando do
silêncio, aqui ele segue o caminho oposto e consegue o mesmo resultado de
forma
cuidadosamente descontrolada, agindo feito um barril de pólvora prestes a
explodir a qualquer momento.
Um
grande filme, indispensável não
apenas
para os fãs de policiais como para os admiradores de Pacino, e que está
disponível em BD no Brasil, lançado pela
Universal, tanto em edição comum como numa caixa (que imita
uma
caixa de charutos) repleta de brindes como
cards,
nota de dólar com o rosto de Montana e o greencard do
personagem.
Com tantos mimos assim, alguém ainda tem dúvida sobre a importância de
“Scarface” para o cinema policial moderno?
“Scarface” (EUA -
1983 - 169’) Direção:
Brian
De
Palma Com:
Al
Pacino,
Steven Bauer, Michelle Pfeiffer, Mary
Elizabeth Mastrantonio, Robert Loggia,
Miriam
Colon, F. Murray Abraham, Paul Shenar,
Harris
Yulin e Angel Salazar,
entre outros
Blu-ray: Menu
interativo - Seleção de cenas Tela:
Widescreen
(2.35:1) Áudio:
Dolby Digital (2.0) Idiomas:
português, inglês,
russo, tailandês, tcheco,
polonês, húngaro, turco e
espanhol Legendas:
português (Brasil),
inglês, tailandês, grego,
coreano, tcheco, polonês,
húngaro, croata, romeno,
turco, português (Portugal) e
espanhol
Extras:
Fenomêno Scarface / Diga
Olá
para o bandido / Empurrar o limite, o mundo e tudo nele / Cenas deletadas /
O
Mundo de Tony Montana / O Renascimento / A Ação / A Criação / O Making of
Scarface: o vídeogame / Scarface: a versão
da TV
Distribuição:
Universal
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