‘Cine Clube MuBE’
Programação deste final de semana.
C&N
Neste sábado,
na
programação gratuita às 15h no MuBE,
exibição especial do belo Cinema,
Aspirinas e
Urubus, um dos melhores filmes brasileiros do
pós-retomada.
Em
1942, no meio do sertão nordestino,
dois
homens se encontram: Johann (Peter Ketnath) um alemão que fugiu
da
Guerra, e Ranulpho (Joaõ Miguel), um brasileiro que
quer
escapar da seca que assola a região. Viajando de povoado em povoado, eles
exibem
filmes para pessoas que já haviam conhecido o cinema, com a intenção de
vender
um remédio ‘milagroso’. Continuando a cruzar as estradas empoeiradas de um
sertão arcaico, eles buscam novos horizontes em suas vidas. Nessa jornada,
os
dois aprendem a respeitar as diferenças e surge entre eles uma amizade
incomum,
mas que marcará suas vidas para sempre.
Não são poucos os críticos de cinema, incluindo este que aqui escreve, que incluem o longa-metragem de Marcelo Gomes entre os mais bonitos e melhores do cinema brasileiro pós-retomada (ou seja, pós-1995). Trata-se de um road movie que arma sua empatia e poesia no clássico recurso da união entre opostos, entre um alemão aventureiro e fã de cinema e um cabra que nunca caminhou além de seu sertão. O filme ganha força com a química que flui naturalmente entre os atores Peter Ketnath – que em seguida chegou a flertar com a TV Globo e atuou em “Deserto Feliz”, de Paulo Caldas – e João Miguel – que viria a se tornar um dos grandes nomes de nossa Sétima Arte, participando de filmes como o cult “Estômago” (2007), de Marcos Jorge, o retorno de Arnaldo Jabor “A Suprema Felicidade” (2010) e o épico “Xingu” (2012), de Cao Hamburger.
Não são poucos os críticos de cinema, incluindo este que aqui escreve, que incluem o longa-metragem de Marcelo Gomes entre os mais bonitos e melhores do cinema brasileiro pós-retomada (ou seja, pós-1995). Trata-se de um road movie que arma sua empatia e poesia no clássico recurso da união entre opostos, entre um alemão aventureiro e fã de cinema e um cabra que nunca caminhou além de seu sertão. O filme ganha força com a química que flui naturalmente entre os atores Peter Ketnath – que em seguida chegou a flertar com a TV Globo e atuou em “Deserto Feliz”, de Paulo Caldas – e João Miguel – que viria a se tornar um dos grandes nomes de nossa Sétima Arte, participando de filmes como o cult “Estômago” (2007), de Marcos Jorge, o retorno de Arnaldo Jabor “A Suprema Felicidade” (2010) e o épico “Xingu” (2012), de Cao Hamburger.
“Cinema, Aspirinas e Urubus” apoia-se no
choque do moderno manifesto tanto na projeção de cinema quanto na ingestão
de
Aspirina, ambos atos perdidos no meio do sertão nordestino, enquanto na
Europa acontece a Segunda Guerra. As belas imagens em
palheta de cor com predomínio de creme e sépia personalizam ainda mais a
obra, e
a fotografia de Mauro Pinheiro Jr. foi
premiada em 2006 como a melhor para longa segundo a
ABC (Associação Brasileira de Cinematografia) e a
APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte). O
filme
colheu mais de 30 prêmios no Brasil e mundo afora, entre estes
o
Prêmio de Cinema do Sistema Nacional de Educação
da
França, concedido no Festival de Cannes de 2005.
Mais do que justificada esta exibição, o que há tempos não acontece em
São
Paulo no escurinho de uma sala. Curiosidade: Orson Welles visitou
o
Brasil no mesmo ano de 1942 para realizar “It's All
True”...
“Cinema,
Aspirinas e
Urubus”
(Brasil - 2005 - 101’) Direção: Marcelo Gomes
Com:
Peter Ketnath, João Miguel e Hermila Guedes, entre
outros.
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