“Coisa de
Louco”
Um angustiante caminho para lugar nenhum.
Um angustiante caminho para lugar nenhum.
Calos Cirne - C&N
Num
auditório, na ausência do palestrante
convidado - um delegado de polícia - entra um contador, ‘jogado aos
leões’ para cobrir o ausente. Obviamente despreparado, ele começa a
discorrer sobre o perigo do abuso de drogas, tema da palestra. E, no seu
despreparo, vai derivando o tema e discutindo política, economia, sua vida
pessoal, e tantos outros temas, de forma completamente anárquica. Detalhe:
enquanto fala, faz uso de alguns “poucos” estimulantes, de modo a
ganhar
confiança.
O que se vê a seguir é um tour de
force de Nilton Bicudo, sob a competentíssima direção de Elias
Andreato, num angustiante caminho para lugar nenhum. Bicudo começa
sóbrio e
se desculpando por estar ali cobrindo o outro palestrante, que nem entende
muito
do assunto, apenas o bom senso - afinal ele é um contador - e, aos
poucos, o assunto vai derivando, para “n” outros assuntos, e é quando
realmente
se vê o bom trabalho do ator. Ao ir se entupindo de estimulantes - tudo
legal, segundo ele mesmo - vai se revelando, até o desfecho, previsível,
porém contundente.
Pena ter-se apenas um dia da
semana
para conferir este enxuto trabalho do trio Arap/Andreato/
Bicudo. Não perca!
“Coisa
de
Louco”
Texto: Fauzi
Arap
Direção: Elias
Andreato
Com: Nilton
Bicudo
Onde:
Teatro Santa
Catarina - Hospital Santa
Catarina - Av. Paulista 200 - Bela Vista Tel.:
(11)
3016-4116
Quando: 3ªs às 21h Até: 03/07 Quanto: R$ 30
“Francesca”
Comédia de Luís Alberto de Abreu valorizada pelo elenco.
Carlos Cirne - C&N
O belo
texto
de
Luís
Alberto de
Abreu não
poderia ter sido encenado com mais felicidade. Contando com a segura direção
de
Roberto Lage (comemorando seus 50 anos
de
carreira), “Francesca”, inspirado em trecho de
Divina Comédia de Dante
Alighieri,
traz à cena um grupo de atores que valorizam ainda mais texto tão bem
construído.
Com
destaque
óbvio para Ando Camargo (em duplo papel),
Maria do
Carmo
Soares e
Renata Zhaneta, o espetáculo apresenta
linguagem de época (remetendo à Era Medieval) com pequenas ousadias,
principalmente nos figurinos (muito lindos, do mago Fabio
Namatame),
que só envolvem ainda mais o espectador. Ando
Camargo,
como
o inquisidor/demônio mor, confere a autoridade e o tom melífluo adequado ao
personagem; Maria do Carmo, hilária como sempre, faz
uma
alcoviteira como ninguém; e Renata Zhaneta domina a cena. Impossível
não
tornar-se cúmplice de sua deliciosa ama, suporte necessário à Francesca de Tatyana
Figueiredo, apaixonada pelo
Paolo de Márcio Bueno Dias. Sem desmerecer o bom
elenco,
estes três fazem toda a diferença.
Num tom que
oscila
entre Romeu e Julieta e um bom e velho circo-teatro,
“Francesca” atualiza uma bela história de amor que
não
se deixa impedir por nada, ou ninguém. A ponto do Demo até mudar de
opinião!
Em
cartaz no
Espaço Parlapatões, a única falha do
espetáculo
é estar em cartaz apenas duas vezes por semana. Não
deixe de
ver!
“Francesca”
Direção: Roberto Lage Com: Tatyana Figueiredo,
Márcio Bueno Dias,
Renata Zhaneta,
Maria do
Carmo Soares,
Ando Camargo,
Marco Aurélio
Campos, Fernando
Petelinkar,
Raquel
Marinho, André
Grecco e Rodrigo
Ramos Direção musical: Paulo Herculano
Música original
e
arranjos: Matias Capovilla e
Paulo
Herculano Cenografia e adereços: Heron Medeiros
Figurino
e
adereços: Fabio Namatame Iluminação: Wagner
Freire Produção executiva: Regilson
Feliciano Assistente de produção: Jô Nascimento Realização: Roberto Lage Produções
Artísticas
Co-realização:
Uma Arte Produções
Artísticas
Onde: Espaço
Parlapatões - Praça Franklin Roosevelt, 158
- Consolação Tel.:
(11)
3258-4449
Quando: 3ªs
e 4ªs, às 21h Até: 25/07 Quanto: R$ 15 a R$ 30
Moacyr Góes encena
adaptação de “O
Castelo”, de Franz Kafka.
C&N
São
muitas as leituras atribuídas
à
obra de Kafka - a incomunicabilidade, a solidão, a dificuldade em
atribuir sentido ao absurdo do cotidiano, a opressão na relação entre
indivíduo
e Estado, a busca de uma dimensão metafísica.
A peça, assim como o livro,
conta
a história de um topógrafo chamado K (Leon Góes), que é
contratado
pelo conde de uma aldeia para prestar seus serviços. Depois de chegar e se
instalar num albergue barato, K decide ir ao Castelo
comunicar sua chegada. Mas, por mais que tente, não consegue se aproximar do
Castelo. Os personagens que cruzam o caminho de K
desmentem-se, fornecem informações contraditórias, apresentam variadas
interpretações de um mesmo fato, provocando um clima de confusão e névoa,
que
acaba por lançar o topógrafo num labirinto intransponível.
“K - uma leitura d’O Castelo” Texto
Original: Franz Kafka Adaptação: Weydson Leal Encenação: Moacyr Góes Com: Leon Góes, Carla Rosa
Guidacci, Sérgio Kauffman, Ricardo
Damasceno,
Daniel Carneiro e
Daniel
Villas Cenografia:
José
Dias Figurino: Carol
Lobato Direção
Musical:
Ary Sperling Iluminação e
Fotos: Cézar Moraes Produção Executiva: Caroline
Alcova
Onde: Teatro do Leblon - R. Conde de Bernadote, 26 - Leblon
Tel.: (21)
2529-7700
Quando: estreia hoje, dia 12, às
21h -
3ªs e 4ªs, às 21h Até: 18/07 Quanto: R$ 50 e R$ 25
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