Nora Ephron
O romantismo de Hollywood perde um
de seus expoentes.
C&N
Faleceu
na
noite de ontem, dia 26, a escritora,
diretora, autora de cinema e
teatro, e colunista Nora Ephron, aos 71
anos, perdendo uma longa batalha travada contra a leucemia, que ela
preferiu
manter afastada da mídia. A notícia de seu passamento chegou como uma grande
surpresa a toda a comunidade cinematográfica.
Três
vezes indicada ao
Oscar de Roteiro Original - por “Silkwood - O Retrato de
uma
Coragem” (“Silkwood”, 1983, com Alice Arlen); “Harry
&
Sally - Feitos um Para o Outro” (“When Harry Met Sally”,
1989); e
“Sintonia de Amor” (“Sleepless in Seatle”, 1993, com
David
S. Ward e Jeff Arch) - Nora Ephron baseou sua carreira como autora no
trinômio mulheres x homens x carreiras,
sem
nunca perder de vista as intrincadas relações desta equação, mas também sem
tornar uma irritante feminista. Seus roteiros sempre valorizaram o lado
romântico das relações, pontuados por muito humor, elegância, leveza e
diálogos
absolutamente deliciosos.
Autora de alguns dos mais
amados
roteiros de comédias românticas de Hollywood, tais como “Sintonia de Amor”, “Mensagem para Você” (“You’ve Got
Mail”,
1998) e o recente “Julie e Julia” (2009), Nora
provavelmente terá para sempre sua imagem como criadora associada a uma das
atrizes que mais trabalhou em textos seus, Meg Ryan.
Mas seu enfoque
romântico
não a impediu de tornar pública sua atribulada relação pessoal, em seu
primeiro
casamento, com o jornalista ligado à descoberta do escândalo Watergate,
Carl
Bernstein, em um de seus filmes que tiveram menor repercussão, “A
Difícil Arte de Amar” (“Heartburn”, 1986), protagonizado no
cinema por Jack Nicholson e Meryl Streep.
Filha dos roteiristas
Henry
e Phoebe Ephron, começou sua carreira como jornalista do
New
York Post, tornando-se a seguir colaboradora de veículos como
Esquire, New York e The New York Times
Magazine, e seus artigos foram evoluindo da crônica feminina a uma
defesa veemente do liberalismo. Sua primeira coletânea de ensaios,
“Wallflower At The Orgy” (1970) tornou-se um
best-seller.
Como
diretora,
alternou grandes sucessos com recepções mais mornas, com
“Sintonia de Amor”, “Mensagem para Você” e “Julie e Julia” intercalados com os
relativos
fracassos de “Michael - Anjo e Sedutor” (“Michael”,
1996),
“Bilhete Premiado” (“Lucky Numbers”, 2000) e “A
Feiticeira” (“Bewitched”, 2005).
Seu mais recente trabalho - um texto para a Broadway que deveria estrear em janeiro de
2013 - “Lucky Guy”, um drama biográfico sobre o
colunista
jornalístico Mike McAlary, que teve morte
trágica e
prematura, está previsto para marcar a estreia de seu grande amigo e
colaborador, Tom Hanks, nos palcos de sua amada cidade natal, Nova
York.
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