Carlos
Reichenbach
Morre o mais paulistano dos gaúchos no cinema brasileiro.
C&N
Faleceu na última 5ª feira, aos 67
anos - ironicamente no dia em que fazia aniversário -, o cineasta Carlos
Reichenbach.
Vítima de uma parada cardíaca,
Carlão (como era conhecido por todos os amigos e admiradores, que não
são
poucos) foi velado no MIS (Museu da Imagem e do Som),
e sepultado no cemitério do
Redentor, em São Paulo.
Diretor de 22 filmes, e premiado
com o
Kikito de Melhor Direção no Festival de
Gramado por Filme Demência (1986) e o
Candango de Melhor Filme no Festival de
Brasília por Alma Corsária (1993), Carlão
envolvia-se, via de regra, em todas as etapas da produção cinematográfica,
desenvolvendo com igual talento fotografia, edição, trilha sonora e, é
claro, a
direção geral de seus tão particulares projetos, tendo se destacado em
movimentos de resistência do cinema nacional como o Cinema
Marginal e os filmes da Boca do Lixo, em São
Paulo,
sempre com um enfoque muito personalizado.
Apenas para
ilustrar
a
personalidade tão marcante de Carlos Reichenbach, fica o registro de
seu
discurso na seção de lançamento de seu último filme, "Falsa
Loura"
(2007), frente a uma ansiosa plateia: ‘Eu queria agradecer a presença de
todos. Àqueles que gostarem de meu filme, muito obrigado. Àqueles que não
gostarem, f...’. Este é o Carlão que a gente tanto
ama.
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