“Passional”
João do Rio pela Cia. do
Covil.
Carlos Cirne - C&N
Em cartaz no Teatro Augusta,
“Passional” traz
crônicas de João do
Rio - o escritor e
dramaturgo carioca João Paulo Barreto (1881-1921) -
dramatizadas pela Cia do Covil.
O
espetáculo, quase um cabaré literário, se vale de dez atores, três músicos e
alguns banquinhos, para dar vida a uma enorme gama de personagens, retirada
dos
textos de João do Rio, que por sua vez os retirava do noticiário
cotidiano da então Capital Federal, o Rio de
Janeiro.
Com
dramaturgia e
direção
de André Corrêa, “Passional” apresenta as pessoas
que
marcaram a crônica policial no início do século XX, numa cidade em que
pequenos
crimes passionais ainda faziam manchetes jornalísticas. Num estilo
nelsonrodrigueano - a quem João do Rio muito influenciou -, “Passional” valoriza os crimes de
amor, o marido traído, a mulher consumida pelo ciúme e pela dor da perda, a
tradicional família esfacelada.
Nesta primeira empreitada profissional da Cia
do
Covil, atuações adequadas e excelente música, pontuando ao vivo o
espetáculo, o resultado, aparentemente irregular, tende a se tornar mais
coeso,
passada a ansiedade da estreia.
Em cartaz
às 4ªs e 5ªs feiras, “Passional” é uma boa
oportunidade de
relembrar anos menos violentos em grande escala, porém recheados de pequenas
e
doídas intrigas pessoais, num Rio de Janeiro mais provinciano e menos zona
sul.
Experimente!
“Passional” Direção
e dramaturgia: André Corrêa Com: Adriana Monteiro, Aluado Ramoony, Ângelo
Aleixo, Jay Pólvora, Laís Lenci,
Luana
Paradeda, Luciana Ribeiro, Renato De
Vitto, Rodrigo Monteiro e Silene Cristina
Cenário: Mira Andrade
Figurino: Gabriela Pinesso Iluminação: Wagner
Freire
Onde: Teatro Augusta -
Rua Augusta, 943 -
Cerqueira
César
Tel.:
(11)
3151-4141
Quando: estreia
hoje, dia 6, às
21h; 4ªs e 5ªs, às 21h Até:
30/08 Quanto: R$ 30 e R$
15
“Teatro Cego”
O público inserido na trama.
C&N
As
apresentações acontecem no
Tucarena, no mesmo espaço ocupado pelo público. Os atores
circularão por corredores entre as cadeiras, dando a sensação de que os
espectadores estão dentro da cena. Com isso, o público fica inserido na
trama, e
não sentado nas arquibancadas do teatro.
Todo o desenvolvimento da trama acontece em um local completamente escuro,
fazendo com que os espectadores, sem que possam contar com a visão, tenham
que
se valer de todos os seus outros sentidos (olfato, tato, paladar e audição)
para
compreenderem o conteúdo da peça.
A
montagem baseia-se no conto “O
Grande Viúvo”, extraído do livro “A Vida como ela é”,
de
Nelson Rodrigues. O elenco é formado por cinco atores, sendo três
deles
cegos, e mais quatro músicos. Durante o espetáculo, sons, vozes e cheiros
chegarão aos espectadores vindos sempre de locais diferentes, dando a
sensação
de que eles estão realmente inseridos no ambiente cênico. Tais sensações
serão o
caminho para a compreensão da trama, mesmo ela ocorrendo completamente no
escuro.
“Teatro
Cego - O
Grande
Viúvo”
Adaptação
da obra de: Nelson Rodrigues Texto e direção: Paulo Palado
Com: Sara
Bentes,
Sérgio Sá, Giovanna Maira, Manoel
Lima, Paulo Palado e Bruno Righi Trilha Sonora Original e Direção
Musical: Lua Lafaiette Produção Executiva: Luiz Mel Direção de Produção:
Lourdes
Rocha Realização:
Caleidoscópio Comunicação e
Cultura
Onde: Tucarena - Rua Monte
Alegre, 1024 - Perdizes Tel.: (11) 3670-8455
Quando: estreia
hoje, dia 13 - 4ªs e 5ªs às 21h Até: 26/07 Quanto: R$ 40
Nenhum comentário:
Postar um comentário