29 de junho de 2012

Carlos Cirne “A Era do Gelo 4” e “Para Roma Com Amor”


A Era do Gelo 4

Franquia traz de volta os conhecidos personagens, definindo os continentes.

C&N
Neste novo capítulo da franquia de sucesso A Era do Gelo - o Continental Drift, do título original - voltam todos os personagens centrais dos capítulos anteriores, acrescidos de alguns reforços, de modo a garantir o sabor de novidade. De todos os novos, sem dúvida, o grande trunfo é a avó ranzinza de Sid (com voz, no original, da comediante americana Wanda Sykes, de A Sogra e The New Adventures of Old Christine), que passa a fazer parte - involuntária - do bando de amigos.
A trama, bastante simples: tentando guardar mais uma de suas avelãs, Scrat (claro que a culpa só podia ser dele) causa a fissão da Pangéia - que, segundo a teoria da deriva continental, foi grande porção de terra que englobava todos os continentes na Era Mesozoica - fazendo com que grandes movimentos de terra separem alguns membros da ‘família’ Mamute, e Sid (John Lenguizamo), Manny (Ray Romano) e Diego (Denis Leary) sejam lançados em pleno oceano num grande bloco de gelo, à deriva. Devem então tentar retornar à terra firme para se reunirem com Ellie (Queen Latifah) e Steff (Nicky Minaj), mulher e filha de Manny. No trajeto de volta, perigos como sereias e piratas cruzam seus caminhos.
Neste primeiro filme da série a não ser dirigido pelo brasileiro Carlos Saldanha, nota-se que a franquia começa a apresentar o desgaste natural destas situações: não há muito mais a explorar no tema, e as opções estão chegando a um limite. Não que o filme seja ruim; apenas tem-se a impressão de já havermos visto praticamente tudo aquilo antes. É divertido, mas não é novidade. E nem chega a ser um problema com os personagens - todos muito carismáticos - ou o roteiro. Simplesmente falta certo frescor do novo.
Do ponto de vista técnico, a produção é absolutamente impecável e, se for assistida com os efeitos da sala 4DX (com movimentos nos assentos, vento, chuva e outras coisas mais) do Cinépolis JK Iguatemi então, torna-se uma experiência fantástica.
Claro que as melhores piadas devem passar despercebidas dos espectadores menores - como, por exemplo, o comentário de Sid a respeito dos dinossauros do filme anterior; ou a explicação para o fato dos gambás não estarem nem um pouco preocupados com o fim do mundo iminente - simplesmente não tem preço.
Mas os pequenos não devem se decepcionar, nem os adultos se entediarem. Ainda é muito divertido, e extremamente bem feito. E, de quebra, abrindo a seção, um curta de animação estrelado pela filha caçula dos Simpsons, Maggie, em um dia na creche. Não perca!
A Era do Gelo 4 (“Ice Age: Continental Drift” - EUA - 2012 - 94’) Direção: Steve Martino e Mike Thurmeier Com as vozes originais de: Ray Romano, Denis Leary, John Leguizamo, Jennifer Lopez, Seann William Scott, Queen Latifah e Wanda Sykes, entre outros.
Distribuição: Fox Filmes
Onde: Espaço Unibanco Pompeia - Sala 1 - Rua Turiaçu, 2100 - Perdizes Tel.: (11) 3673-3949
Sessões: 13h, 15h10, 17h20, 19h30 e 21h40

Para Roma Com Amor

Mais um delicioso cartão postal de Woody Allen.

C&N
Este novo longa de Woody Allen, de sua série de homenagens a cidades que não Nova York - Londres, Barcelona, Paris e agora Roma - quase alcança a graça e a simplicidade do soberbo Meia Noite em Paris (Midnight in Paris, 2011), seu projeto anterior. Digo quase, porque a estrutura do roteiro, clara homenagem ao cinema italiano dos anos 1960 e 70, acaba diluindo o foco, em episódios irregulares. Mas mesmo assim, um Woody Allen menos que perfeito ainda é muito melhor do que muita coisa que está por aí.
Há uma profusão de situações e personagens, o que em si não desabona o filme, e os episódios ocorrem simultaneamente, o que acaba contando a favor do resultado.
No primeiro deles, jovem turista americana, Hayley (Alison Pill), conhece, se envolve e fica noiva de um jovem italiano, Michelangelo (Flavio Parenti), e seus pais, Jerry e Phillys (Woody Allen e Judy Davis, divertidíssima) viajam a Roma para conhecê-lo e a seus pais; enquanto isso, um jovem casal, Antonio (Alessandro Tiberi) e Milly (Alessandra Mastronardi), em lua de mel, faz o check in no hotel e a esposa, indo ao cabeleireiro, se perde pelas ruas da cidade, enquanto o marido no hotel recebe, por engano, uma garota de programa, Anna (Penélope Cruz, emulando com segurança uma Sofia Loren moderna) no quarto, justamente na hora de receber uns austeros parentes que vem visitá-lo.
Há ainda o medíocre e metódico funcionário de escritório, Leopoldo (Roberto Benigni), que subitamente é alçado à fama, transformando-se (sem motivo aparente) em celebridade da mídia de maneira instantânea, e como isso afeta sua vida diária e familiar.
E, por último, um famoso arquiteto norte-americano, John (Alec Baldwin), que, em visita ao bairro onde morou na juventude, conhece um estudante de arquitetura, Jack (Jesse Eisenberg, a personificação de Allen, deste filme), que acaba se envolvendo com duas garotas completamente diferentes, Sally (Greta Gerwig) e Monica (Ellen Page), e para quem John se transforma em comentarista da ação, interferindo e aconselhando aos que participam deste segmento, divertida prática recorrente de Allen, desde Poderosa Afrodite (Mighty Aphrodite, 1995).
Seguem as tradicionais situações limites, sempre presentes nas obras de Allen, os deliciosos diálogos afiados e rápidos, às vezes sobrepostos até (marca registrada do autor), e a conclusão de que o amor acaba prevalecendo (enfim, um romântico incurável), num filme que nem a presença do insuportável Roberto Benigni consegue estragar.
Apenas o tom exagerado de reverência à cidade - que não se sentia no projeto anterior, sobre Paris - pode incomodar os fãs mais radicais do diretor. Mas nada que abale o resultado final (preste atenção a um plano realizado numa praça, onde um giro de 360° da câmera revela a beleza de tirar o fôlego da locação). Cheio de pequenas participações de conhecidos atores italianos - de Ornella Muti a Giuliano Gemma - o filme é um verdadeiro Quem é Quem do cinema italiano.
O filme deve encontrar um pouco de resistência por parte do público norte-americano, uma vez que tem grande parte de seu texto falado em italiano (o que é fonte de uma deliciosa piada com o personagem de Allen no final do filme, mas deve exigir legendas, que o americano médio detesta), mas para nós, brasileiros, é puro deleite. Não deixe de ver!
Para Roma Com Amor (“To Rome with Love” - EUA/Itália/Espanha - 2012 - 102’) Direção: Woody Allen
Com: Ellen Page, Woody Allen, Jesse Eisenberg, Penélope Cruz, Alec Baldwin, Roberto Benigni, Judy Davis e Ornella Muti, entre outros.
Distribuição: Paris Filmes
Onde: Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca - Sala 2 - Rua Frei Caneca 569 - 3º Piso - Consolação Tel.: (11) 3472-2359
Sessões: desde 13h50

Felipe Brida “Amar é Sofrer”


Amar é Sofrer
Um excelente filme para público adulto.
C&N
O ator e cantor Frank Elgin (Bing Crosby) está em maus lençóis. Sem emprego, vive de bar em bar, única forma de fugir da amarga realidade. Tenta dar a volta por cima ao marcar encontro com o famoso diretor de Hollywood, Bernie Dodd (William Holden), que ensaia um musical de sucesso garantido. Prestes a negociar com Elgin, Dodd conhece a esposa dele, Georgie (Grace Kelly), uma mulher do interior, cansada de sofrer com os vícios do marido. Apaixona-se então por aquela moça simples, fazendo de tudo para dar a ela uma vida melhor.
Grace Kelly, lendária estrela de cinema ganhou, por Amar é Sofrer, seu único Oscar, na categoria de melhor atriz. Ela dá um show como uma mulher interiorana (por isso o título original, The Country Girl) casada com um ator falido e alcoólatra (Bing Crosby, indicado ao Oscar pelo papel). Realmente Grace rouba o filme e está feia, sem maquiagem, com cabelos desarrumados (na capa do DVD ela aparece com joias e arrumada, imagem extraída da sequencia final do filme).
Lançado em 1954, Amar é Sofrer é, antes de mais nada, um trabalho autoral sobre os bastidores do cinema, com história pessimista e desalentadora, em uma época em que eram comuns obras de temática parecida – A Malvada e Crepúsculo dos Deuses são os melhores exemplos.
O personagem crucificado é um ator desempregado, com tendência suicida, que procura meios de obter sucesso novamente. O ícone do cinema Bing Crosby interpreta esse cidadão, avacalhado pelas pessoas, alcoólatra de carteirinha, que ainda por cima não suspeita que um velho conhecido que poderá salvar sua pele (William Holden) está apaixonado pela sua esposa amargurada. A atuação de Crosby é contundente, ainda mais quando revela guardar um trágico passado.
Holden, como o diretor em alta, aceita a difícil tarefa de reerguer o profissional em crise (na verdade Crosby tem todas as crises, financeira, existencial, matrimonial, etc.), enfrentando inclusive os patrões, que não acreditam mais no potencial do ator falido. Haverá chance para o artista hoje sem fama?
As situações metalinguísticas exploradas aproximam-se da realidade que sempre presenciamos na mídia: artistas no ostracismo, vencidos pelo vício e rejeitados pelo grupo dominante atual. Por isso “Amar é Sofrer” permanece atual, sem concessões ou final feliz.
Um excelente filme para público adulto, ganhador também do Oscar de Roteiro em 1955 – sem contar também cinco outras indicações: ator (Crosby), direção de arte, fotografia, diretor e filme.
Baseado na peça de Clifford Odets, que escreveu várias obras teatrais sobre a degradação do artista viciado, dentre elas A Embriaguez do Sucesso, levado às telas em 1957, com Tony Curtis e Burt Lancaster.
Os nostálgicos poderão relembrar Grace Kelly, atriz de poucos filmes (fez apenas 13) cuja carreira durou somente seis anos, na TV e no cinema. Em 1956 despediu-se das telas em Alta Sociedade, meses depois de Ladrão de Casaca, filme este em que conhecera o príncipe-soberano de Mônaco, Rainier III, com quem se casaria mais tarde. Morreu prematuramente em 1982, aos 52 anos, em um acidente de carro em Monte Carlo, deixando um enorme vazio nas telas.
Rodado em preto-e-branco, o drama Amar é Sofrer foi lançado pela primeira vez em DVD no Brasil pela Paramount, recentemente.
Amar é Sofrer (“The Country Girl- EUA - 1954 - 104’) Direção: George Seaton Com: Bing Crosby, Grace Kelly, William Holden, Anthony Ross, Gene Reynolds e Jacqueline Fontaine, entre outros.
DVD - Menu interativo - Seleção de cenas Tela: Tela Cheia (4:3) Áudio: Dolby Digital (2.0) Idioma: inglês Legendas: português Extras: sem extras
Distribuição: Paramount Home Entertainment

estreias da semana


Fausto

Mito alemão revisto.

C&N
Versão do mito alemão em que Fausto, um pensador, vende sua alma ao demônio Mefistófeles em troca de dinheiro e da mulher que deseja. Última parte da tetralogia de Sokurov sobre a natureza do poder.
Fausto (“Faust” - Rússia - 2011 - 140’) Direção: Aleksandr Sokurov Com: Johannes Zeiler, Anton Adasinsky, Isolda Dychauk, Georg Friedrich e Hanna Schygulla, entre outros.
Distribuição: Imovision
Onde: Espaço Itaú de Cinema Frei Caneca - Sala 8 - Rua Frei Caneca 569 - 3º Piso - Consolação Tel.: (11) 3472-2359
Sessões: 14h, 16h30, 19h e 21h30

Cinema no Litoral
Cinemas Miramar e Cine Arte Posto 4’.
C&N
Santos - No litoral paulista, além das tradicionais salas comerciais, no circuito de cinema de arte, estão em cartaz os seguintes filmes:

Cinemas Miramar - Sala 1 - A Era do Gela 4.
Nesta nova saga, Scrat desencadeia um evento cataclísmico. Sid, Manny e Diego são empurrados para alto-mar e terão de lidar com perigos que jamais puderam imaginar que existiam, como um bando de piratas de quinta categoria. Sob muita adrenalina, os heróis terão de passar por cima deles e achar o caminho de volta para casa.
A Era do Gelo 4 (“Ice Age: Continental Drift” - EUA - 2012 - 94’) Direção: Steve Martino / Mike Thurmeier Com as vozes originais de: Ray Romano, Denis Leary, John Leguizamo, Jennifer Lopez, Seann William Scott, Queen Latifah e Wanda Sykes, entre outros.
Distribuição: Fox Filmes
Sessões: 14h30, 16h30, 18h30 e 20h30

Cinemas Miramar - Sala 2 - Para Roma Com Amor.
O longa é dividido em quatro segmentos. Em um deles, um casal americano viaja para Roma para conhecer a família do noivo de sua filha. Outra história envolve Leopoldo, um homem comum que é subitamente elevado ao status de celebridade. Um terceiro episódio retrata um arquiteto da Califórnia que visita a Itália com um grupo de amigos. Por último, temos dois jovens recém-casados que se perdem pelas confusas ruas de Roma.
Para Roma Com Amor (“To Rome With Love - EUA / Espanha / Itália - 2012 - 107’) Direção: Woody Allen Com: Ellen Page, Woody Allen, Jesse Eisenberg, Penélope Cruz, Alec Baldwin, Roberto Benigni, Judy Davis e Ornella Mut, entre outros.
Distribuição: Paris Filmes                                                                                       
Sessões: 15h, 19h e 21h

Cinemas Miramar - Sala 2 - A Delicadeza do Amor.
Nathalie é jovem bonita, tem um casamento perfeito e leva uma vida tranquila, com tudo no lugar. Contudo, quando seu marido falece após um acidente, seu mundo vira de cabeça para baixo. Para superar os momentos tristes, ela decide focar no trabalho e deixa de lado seus sentimentos. Até o dia em que ela, sem mais nem menos, tasca um beijo em Markus, seu colega de trabalho e os dois acabam embarcando numa jornada emocional não programada, revelando uma série de questões até então despercebida por ambos, o que os leva a fugir para redescobrir o prazer de viver e entender melhor esse amor recém-descoberto.
A Delizadeza do Amor (“La Délicatesse - França - 2011 - 109’) Direção: David Foenkinos e Stéphane Foenkinos Com: Audrey Tautou, François Damiens e Bruno Todeschini, entre outros.
Distribuição: Califórnia Filmes                                                                               
Sessões: 17h

Cinemas Miramar - Sala 3 - E Aí, Comeu?.
Fernando, Honório e Fonsinho são três amigos de infância que, diante da "nova mulher", tentam entender o papel do homem no mundo atual. Fernando (Bruno Mazzeo) é um arquiteto talentoso que acaba de ser deixado por Vitória (Tainá Muller). Ainda tentando entender os motivos da separação, conhece a linda adolescente Gabi (Laura Neiva), inteligente, bem resolvida e madura. Honório (Marcos Palmeira), jornalista, é o machão à moda antiga. Casado com a bela e independente Leila (Dira Paes), ele suspeita que está sendo traído. Fonsinho (Emilio Orciollo Netto) é um escritor conquistador de mulheres. Solteiro convicto, nunca se casou e nunca conseguiu terminar um livro. Sua maior crítica é a garota de programa Alana (Juliana Schalch), por quem ele acaba se apaixonando. Reunidos no Bar Harmonia, eles tentam resolver seus dilemas.
E Aí, Comeu? (Brasil - 2012 - 100’) Direção: Felipe Joffily Com: Marcos Palmeira, Bruno Mazzeo, Emilio Orciollo Netto, Laura Neiva, Dira Paes, Juliana Schalch, Tainá Muller, Seu Jorge, Murilo Benício, Katiuscia Canoro e José de Abreu, entre outros.
Distribuição: Paris Filmes                                                                                       
Sessões: 14h, 16h20, 18h40 e 20h50

Cine Arte Posto 4
Um Método Perigoso
C&N
A história se baseia na peça The Talking Cure, de Christopher Hampton, que romanceia fatos e acompanha a relação dos pais da psicanálise, Jung (Michael Fassbender) e Freud (Viggo Mortensen), com a russa Sabina Spielrein (Keira Knightley), uma das primeiras mulheres psicanalistas da história, que foi paciente no hospital onde Jung trabalhava, em Zurique.
Um Método Perigoso (“A Dangerous Method” - EUA - 2011 - 99) Direção: David Cronenberg Com: Michael Fassbender, Viggo Mortensen, Keira Knightley, Vincent Cassel e Sarah Gadon, entre outros.
Distribuição: Imagem Filmes
Sessões: 16h, 18h30 e 21h
Cine Arte Posto 4 - Av. Vicente de Carvalho, s/nº - Posto 4 - Santos (SP) Tel.: (13) 3288-4009

2º Rio Festival Gay de Cinema


2º Rio Festival Gay de Cinema
Festival apresenta 12 longas e 43 curtas nacionais e estrangeiros
C&N
Rio de Janeiro - O Rio Festival Gay de Cinema 2012 é o festival internacional de filmes LGBT de ficção, documentário e experimental, em longas e curtas metragens, brasileiros e estrangeiros. O festival acontecerá de hoje, dia 29, a 8 de julho, no Estação Sesc Rio, Cine Cultural Justiça Federal e Instituto Cervantes.
Foram selecionados 12 longas e 43 curtas-metragens brasileiros e estrangeiros. Este ano a seleção de filmes está mais brasileira do que nunca: 50% dos curtas são brasileiros. Tem filmes para todos os gostos. A comédia romântica E-Cupid, em que Marshall, frustrado no amor, baixa um aplicativo misterioso que lhe dá tudo o que ele quer. A realidade de uma linda família americana gay em The Right To Love e a de famílias brasileiras no documentário Família no Papel. E pela primeira vez mulheres indonésias estão quebrando o código do silêncio em Anak-Anak Srikani.
O festival também irá exibir dois longas do Prêmio Maguey do Festival de Cinema de Guadalarara: Todo El Mundo Tiene a Alguien Menos Yo e Mía. E a estreia do curta indiano Amen, que abre a sessão do filme Looking for Gay Bollywood.
2º Rio Festival Gay de Cinema Informações: www.riofgc.com
Onde: Estação Sesc Botafogo - Rua Voluntários da Pátria 88 - Botafogo Tel.: (21) 2226-1988
Cine Cultural Justiça Federal - Av. Rio Branco 241 - Centro Tel.: (21) 3261-2550
Instituto Cervantes Rio de Janeiro - Rua do Carmo 8 - Centro Tel.: (21) 3231-6555

teatro “Um Número” e “Wilde Meets Porter”


Um Número
Até que ponto o que somos é consequência das circunstâncias e do nosso meio?
C&N
São Paulo - Com tradução e direção de Pedro Neschling, o Sesc Belenzinho recebe a partir de hoje, dia 29, Um Número espetáculo que conta uma instigante e bem trabalhada trama que discute a natureza humana.
Em cena, Pedro Paulo Rangel, acompanhado por Pedro Osório. No texto, um homem descobre que existem vários clones dele e que ele próprio, na verdade, é um clone de um filho original de seu pai, que ele nunca imaginou existir. A partir disso, a consagrada autora britânica Caryl Churchill, explora a questão da identidade de todos. Na discussão cheia de reviravoltas entre pai e filho, eles descobrem que nada é totalmente controlável.
A ação começa com Salter (Pedro Paulo Rangel) conversando com seu filho Bernard (Pedro Osório) que acaba de chegar de um hospital onde descobriu que existe um número de outros absolutamente idênticos a ele. Clones. E ele descobre que foi gerado através de uma clonagem do filho natural que supostamente morreu num acidente. E não foi o único. Todo o rancor desta relação vem à tona enquanto esses homens tentam explicar e entender o que aconteceu.

Um Número Texto: Caryl Churcill Tradução: Pedro Neschling e Vitória Frate Direção: Pedro Neschling Com: Pedro Paulo Rangel e Pedro Osório Cenário: Gilberto Gawrosnki Iluminação: Adriana Ortiz Figurino: Antônio Medeiros Trilha Sonora: João Paulo Mendonça Produção Executiva: Mariana Serrão Direção de Produção: Miçairi Guimarães e Sandro Rabello Produtores Associados: Pedro Neschling e Pedro Osorio Realização: Nesch Produções e Diga Sim Produções

Onde: Sesc Belenzinho - Rua Padre Adelino, 1000 Tel.: (11) 2076-9700 Site: www.sescsp.org.br
Quando: estreia hoje, dia 29, às 21h; 6ªs e sábados, 21h; domingos, 18h Até: 22/07 Quanto: de R$ 6 a R$ 24

Wilde Meets Porter

Mescla a linguagem teatral e musical com textos de Oscar Wilde e canções de Cole Porter.
C&N
ÚItima semana - Acontece hoje, dia 29, às 21h, a última apresentação do espetáculo Wilde Meets Porter com o ator Ando Camargo interpretando textos de Oscar Wilde e Carlos Navas as canções de Cole Porter.
Em cena, um ator, um cantor e um pianista. A ironia contundente dos textos do autor e a delicadeza melódica dos clássicos de um compositor eterno. Versos, trovas e notas atemporais, rebuscadas e sensíveis refletindo sobre a questão do relacionamento humano: a solidão, os fracassos amorosos, o desvario das paixões. Na atmosfera de um quase cabaré, Carlos Navas e sua voz cool e a intensidade de Ando Camargo. Ambos a serviço do humor, do sarcasmo, do bom gosto e da ousadia numa entrega delicada e, ao mesmo tempo, arrebatadora.
Wilde Meets Porter Supervisão Geral: Cassio Scapin Com: Ando Camargo, Carlos Navas e Jonas Dantas (piano) Assist. Produção: Danillo Sangioy Visagismo: Anderson Bueno Prod. Executiva: Carlos Navas
Onde: Centro Cultural São Paulo - Espaço Mário Chamie - Rua Vergueiro 1000 Tel.: (11) 3397-4002
Quando: hoje, dia 29 de junho, às 21h (última apresentação) Quanto: entrada franca

tv ‘Colunas & Notas’


Colunas & Notas
Programa pela web transmitido ao vivo.
C&N
Acontece hoje, às 12h, a 16ª edição do Colunas & Notas na web. Com apresentação de Marcelo Pestana e Carlos Cirne, o programa, uma agenda teatral da cidade de São Paulo, foi transmitido ao vivo pela ClicTV e conta hoje com as presenças da dramaturga Maricy Salomão, falando do ciclo Dramaturgias Urgentes, do CCBB, e com entrevista exclusiva com Leopoldo Pacheco e Melissa Vettore, falando do espetáculo “Camille e Rodin”; tudo isso e ainda a agenda cultural da cidade para o final de semana.
Para assistir ao vivo (toda 6ª feira, às 12h00), acesse www.clictv.uol.com.br. E, para ver as edições anteriores (inclusive a de hoje), basta buscar em http://www.tvuol.uol.com.br/ e digitar no campo de busca Colunas e Notas, para acessar os programas anteriores. Não perca!



É isso... Tenham um bom final de semana!

Paulo Gustavo ‘Loucos por Séries’


Loucos por Séries
Contagem Regressiva.
C&N
Já vai começar a contagem regressiva para a nova programação brasileira dos canais por assinatura. Nessa época do ano, os homens e mulheres que cuidam de aquisições da Sony, Warner e Universal, para citar alguns dos canais por assinatura que estão no Brasil, já brigaram no mercado internacional para adquirir os direitos de exibição dos futuros lançamentos das redes americanas ABC, CBS, NBC e Fox. Não é uma tarefa fácil, mas é um grande prazer para quem gosta dessa área. Um conhecido amigo, que trabalha em aquisições de um canal por assinatura, revelou que assistiu esse ano cerca de 50 pilotos de novas séries. Mas não soube informar quais delas poderão ganhar a telinha brasileira, ainda, porque essa grande revelação será feita entre setembro e outubro, pelas próprias emissoras. Cabe lembrar que a maioria dessas produções também vem dos grandes estúdios como Fox, Paramount, Universal, Warner, Disney, e de canais de TV ligados a eles como a CBS (Paramount), ABC (Disney), NBC (Universal) e Fox.
Mas decidi dar uma olhada no que chama mais a atenção, na nova programação das redes americanas, e escolhi alguns dos futuros lançamentos para comentar, principalmente os que agregam suspense, fantasia e ficção. Veja a primeira parte das novas séries da temporada 2012 / 2013:
666 Park Avenue (ABC)
A história: Você lembra quando Mia Farrow e John Cassavettes foram morar no famoso Dakota Building, na região do Central Park em Nova York, e ela descobre que o maridão fez um pacto com o diabo, colocando-a na posição de amante do capeta? A ideia dessa nova série é colocar um casal neste prédio, que na realidade é o número 999, mas que oculta um bando de vizinhos ligados a celebrações sinistras como missas negras e contatos de primeiro grau com as criaturas das trevas.
O comentário: O produtor e roteirista David Wilcox, que também trabalhou em Fringe, Lei & Ordem e First Wave, é o responsável por essa ideia interessante, mas vai depender do nível de suspense e de tramas paralelas para fazer com que o público fique ligado em histórias sobrenaturais. A ideia de dizer que o prédio é similar ao Dakota de Nova York, já é bem curiosa. Sem falar que no elenco está o fantástico Terry O’Quiin, que tem uma legião considerável de fãs depois de Lost.
Last Resort (ABC)
A história: Comandante de um submarino nuclear americano decide não cumprir as estranhas ordens que chegaram durante uma missão de rotina, obrigando a nave a atacar o Paquistão com o arsenal nuclear. A ordem do ataque veio da mesma entidade secreta que também está ordenando a caçada ao submarino e a destruição dele e da tripulação. Como o capitão não é marinheiro de primeira viagem, ele ruma para uma ilha no Caribe e aponta seus mísseis para os Estados Unidos até que alguém diga por que ele e sua tripulação viraram presas de uma caçada nuclear.
O comentário: A base dessa história caberia bem num longa metragem, com muita ação e reviravoltas. Mas a ideia lembra um pouco de Jericho, onde apenas uma pessoa sabe o que está acontecendo de verdade, deixando milhares reféns de uma mentira. O problema é saber como uma série que tem como base chantagem atômica, consegue prender a atenção do publico, levando-se em consideração que até o final da primeira temporada, é necessário saber por que o submarino está sendo caçado, deixando o quem para outra temporada.
Zero Hour (ABC)
A história: Homem é surpreendido com um telefonema de sua esposa, que o avisa que alguém está entrando em sua casa. Para seu desespero, a esposa é raptada por um conhecido terrorista internacional, que sumiu com ela sem deixar pistas. Sem saber o motivo, ele lembra que os dois compraram um relógio antigo no dia anterior ao sequestro. Ao analisar o objeto, ele descobre que o relógio faz parte de um grupo de 12, que podem revelar um segredo milenar envolvendo uma sociedade religiosa que jurou protegê-lo a qualquer custo. Começa agora, uma corrida contra o tempo, para localizar os outros relógios e salvar a esposa de um destino cruel e, por tabela, o mundo inteiro.
O comentário: Conspiração mundial é aquela que envolve aparentemente um cidadão simples, mas que terá força suficiente para ir atrás de respostas e acabar com os conspiradores. Feita essa observação, vamos lembrar que nenhuma conspiração, numa série de TV, deve deixar o público angustiado demais por respostas. Em Lost, o mistério da ilha fez muita gente abandonar o barco no final da terceira temporada. Só que essa conspiração atira em vários pontos interessantes, como a busca pelos relógios que foram construídos para revelar um segredo do cristianismo e, que os vilões estão ligados aos nazistas. Sem contar que o personagem do Anthony Edwards, o marido em busca da esposa raptada, tem uma sinistra ligação com o passado da Alemanha. E aí começa todo o mistério...
Elementary (CBS)
A história: Depois de ser afastado da consultoria que prestava à Scotland Yard por estar usando drogas, o jovem e experiente detetive Sherlock Holmes é internado numa clinica de reabilitação em Nova York. Para mantê-lo sob vigilância, o pai de Holmes contrata a doutora Joan Watson para deixar o dono de uma mente intuitiva, voltar do caminho das drogas. Só que Sherlock começa a investigar, por conta própria, um caso de assassinato na Big Apple, sendo auxiliado pela Dra. Watson, que começa a ficar admirada com o talento em desvendar mistérios de seu paciente.
O comentário: com o sucesso da série da BBC, Sherlock, que coloca nos dias de hoje as aventuras de Sherlock Holmes e John Watson, era quase que inevitável que os americanos quisessem trazer o famoso detetive inglês criado por Arthur Conan Doyle no final do século 19, também numa versão moderna e americana. Tudo bem que levar Holmes para uma Nova York moderna é uma ideia muito legal. O que bate de frente é o fato que Watson agora é uma mulher (interpretada por Lucy Liu), o que pode gerar no futuro, com a série engrenada, a famosa tensão sexual vista em Arquivo X e A Gata e o Rato, por exemplo. Além do sacrilégio de vermos Holmes e Watson, na versão americana, apaixonados. Cruzes...
Arrow (CW)
A história: Oliver Queen, filho de um milionário, fica preso numa ilha após o naufrágio do barco em que viajava. Durante os anos que ficou lá, acabou desenvolvendo uma habilidade fora do normal com arco e flecha. Ao retornar a cidade natal, Star City, ele decide usar essas habilidades para ajudar a combater o crime usando a identidade secreta do Arqueiro Verde.
O comentário: Ninguém acreditava que o personagem Arqueiro Verde conseguisse ganhar simpatia dos fãs de Smallville, quando ele entrou na quinta temporada para fazer uma participação especial na série. Pois não é que ele ficou até o final? Foi apostando no carisma do Arqueiro Verde que o canal CW, emissora que exibiu as dez temporadas de Smallville, decidiu fazer um voo solo para o personagem. Mas como ficam os fãs de Justin Hartley, que fez o Arqueiro em Smallville? Ele não será o novo herói, agora interpretado pelo canadense Stephen Amell, um ator mais experiente e que já participou de outras séries como Hung, Heartland, New Girl e Private Practice. Quem for contra, que atire a primeira flecha.
A Bela e a Fera (CW)
A história: A jovem Catherine Chandler testemunha a morte de sua mãe, e só consegue se salvar de ser morta também pela mesma quadrilha, por alguém ou alguma coisa, que salva sua vida. Com o passar dos anos, ela se torna detetive de polícia de Nova York e acaba cruzando o caminho de Vincent Keller, um jovem médico que tem um grande segredo: quando fica nervoso ou furioso ele se torna a Fera, com força sobrehumana. Os dois acabam juntos para lutar contra o crime organizado e contra uma organização secreta, que criou pessoas como Vincent.
O comentário: Essa é uma produção do CW, que resgata a cultuada série dos anos 1980, estrelada por Linda Hamilton e Ron Perlman, agora interpretados por Kristin Kreuk (Smallville) e Jay Ryan (Terra Nova). Aí entra o romance entre o casal central, inicialmente impossível, a conspiração para criar o supersoldado da qual o único resultado prático foi Vincent, que se transforma numa criatura poderosa quando fica nervoso. Ou seja, podemos estar vendo o começo de uma grande saga romântica, tendo como base a série dos anos 1980.
Cult (CW)
A história: Um jornalista investigativo tenta descobrir o paradeiro do irmão que, antes de desaparecer, havia avisado que sua vida estava por um fio por causa do seriado de TV Cult. O que parecia só um caso de fanatismo exagerado, acaba se transformando num grande mistério envolvendo a produção dessa série de TV e sua legião de fãs, que faria qualquer coisa para manter o programa no ar. Até mesmo raptar e matar.
O comentário: Nada como um jornalista investigando um estranho caso de desaparecimento, mesmo quando ele não tem o poder de resolver rapidamente o mistério. A série vai colocar em cheque o fanatismo por uma série de TV que, consumida em doses exageradas, pode gerar dor de cabeça para fãs e seus amigos. Será que ela tem força de pegar de cheio o público do CW, acostumado como The Vampire Diaries, Supernatural e Gossip Girl? Bom, a ideia da série partiu de Rockne S. O’Bannon, responsável pelo cultuado Farscape – Numa Galáxia Distante.
Revolution (NBC)
A história: Um misterioso desastre leva o planeta inteiro a ficar sem nenhum tipo de energia elétrica, ou derivada dela. Quinze anos depois, quando a maior parte daqueles que sobreviveram ao desastre se acostumou ao novo estilo de vida, surge a informação de que alguém sabe a origem do desastre. E para isso, será necessário pegar em armas para liderar o povo americano a uma nova revolução contra aqueles que querem dominar o planeta a qualquer custo.
O comentário: Mais uma conspiração mundial com toques de ficção científica, criada por J.J. Abrams, que não conseguiu emplacar a sua série de suspense Alcatraz, na Fox americana, nem Undercovers, série de espionagem para a NBC. Novamente, a série remete à cultuada Jericho, especialmente pelo fato de uma hecatombe desconhecida fazer o mundo, literalmente, sair da era industrial e se transferir para a era pastoral. Dá para fazer muita coisa, especialmente porque tem um grupo de pessoas que quer descobrir a verdade. Resta saber quanta verdade está escondida no desenrolar da história.
Do No Harm (NBC)
A história: Nada depõe contra a imagem do Dr. Jason Cole, um dos mais proeminentes neurocirurgiões dos Estados Unidos. Profissional e com um grande coração, ele tem vivido em paz com sua consciência nos últimos cinco anos, quando conseguiu deixar, no lado escuro de seu cérebro, a personalidade adormecida de uma pessoa que não dá a mínima para ninguém, gosta de sexo e é um sociopata conhecido como Ian Price. Sim, essas duas personalidades habitam o corpo de uma só pessoa, que havia conseguido controlar Ian, com base num soro especial criado por Jason. Mas o soro esta perdendo o efeito e Ian quer ser mais importante do que Jason, custe o que custar.
O comentário: uma nova e divertida versão de O Médico e o Monstro, mas colocando no plano psiquiátrico o Distúrbio de Identidade Dissociativa, mal que se aplica ao determinado Dr. Jason. A série promete tensão e suspense, já que Ian, a outra personalidade de Jason, tem muito a oferecer. Basta apenas não cair na simplicidade de fazer com que Jason acorde no meio de uma confusão provocada por Ian, que a série pode dar o que falar.
The Following (Fox)
A história: A fuga de Joe Carroll (James Purefoy), um assassino psicopata condenado à morte por matar 14 jovens mulheres oito anos antes, traz novamente para a ação o agente aposentado Ryan Hardy (Kevin Bacon), responsável pela primeira prisão do assassino em série. Mas ao conseguir capturar o psicopata novamente, Hardy descobre que ele lidera uma legião de outros assassinos que irão continuar o seu violento trabalho, que considera uma obra de arte. Agora, os dois antagonistas terão que se enfrentar num jogo de xadrez, onde a próxima vítima pode estar muito próxima.
O comentário: Se existir uma tal de Síndrome de O Silêncio dos Inocentes, teremos nessa série um exemplo prático. Afinal, jogar na mesma cena um psicopata e o policial que o prendeu é o que no teatro se chama de tour de force, principalmente quando estamos falando de James Purefoy (Roma) e Kevin Bacon (Meninos e Lobos). O que pode ser interessante é a constante busca pelos membros desse culto (os seguidores do título original), a cada episódio colocando à beira do abismo, a próxima vítima.
Paulo Gustavo Pereira apresenta o programaLoucos Por Sériesno canal Imagine TV’ (TVA/Telefônica), e o programaAlmanaque dos SeriadospelaClicTV’. Também é editor da revistaSci-Fi Newse autor doAlmanaque dos Seriados’ (Ediouro) eAnimaq - Almanaque dos Desenhos Animados” (Matrix Editora).