‘Loucos por
Séries’
Os Loucos da Avenida Madison.
C&N
Quase um ano e
meio de espera, mas valeu cada dia. A quinta temporada de
“Mad Men”, que começou a ser
exibida no Brasil pela HBO, está tão densa e provocante
como em seus primeiros momentos, em 2007. A demora envolveu longas
discussões entre o criador e produtor Matthew Weiner, os executivos
do
canal AMC e o elenco. De melhores condições de trabalho,
aumento
no salário, até a possibilidade de merchandising durante a
temporada, tudo foi alvo de discussão e briga. No final, todos se acertaram:
a
série ganharia mais duas temporadas, John Hamm também seria produtor,
e
Weiner mergulhou na condução da nova linha de ação para a
série.
A
quarta temporada parecia mostrar um
Don Draper (Hamm), que é o personagem base de “Mad Men”, meio errático, tomando decisões
complicadas com relação ao trabalho e sua vida pessoal. Depois de ter
revelada
sua dupla identidade por sua esposa, Betty (January Jones),
Drapper mergulhou na bebida a ponto de quase perder o foco
como
diretor de criação da Sterling, Cooper, Draper & Campbell.
A
agência também perderia um de seus importantes clientes, os cigarros
Lucky
Strike, ficando numa crise sem precedentes dentro da história do
seriado. Ao mesmo tempo, um personagem como a ex-esposa de Draper se mostra
cada
vez mais uma megera, brigando constantemente com a filha,
Sally
(Kiernan Shipka), e questionando o novo relacionamento do ex-marido com sua
secretária, Megan (Jessica Paré), o que culminaria com um
pedido
de casamento.
A
nova temporada começa com
Megan organizando uma festa surpresa para comemorar o
aniversário
do maridão, que nunca foi muito chegado a comemorações desse tipo, por não
lidar
bem com o fato de ter duas identidades. O novo casal também tem causado uma
forte impressão dentro da agência, especialmente depois que Megan deixou de
ser
secretaria, para ser assistente do departamento de criação de
Peggy (Elizabeth Moss). Draper parece ter perdido o interesse
em
brigar por seu trabalho ou por novos clientes, já que sua fúria foi aplacada
por
Megan, com quem repartiu, pela primeira vez, o segredo de sua verdadeira
identidade.
Só
que nem tudo está maravilhoso no dia
a
dia da SCD&C. Pete Campbell (Vincent
Kartheiser), o diretor de atendimento, tem trazido novas contas, e reclamado
dos
constantes ataques que Roger Sterling (John Slattery) vem
fazendo
a seus clientes, na tentativa de provar que, depois que perdeu a Lucky
Strike, ainda é o grande gênio das contas da agência. O clímax do
episódio
acontece na festa de aniversário de Drapper, quando
Megan canta uma sensual canção francesa, insinuando a todos o
que
pode rolar ao final da música.
Como o mundo da criação parece não ter fim - felizmente -, “Mad
Men” continua abrilhantando as noites de
segunda-feira da HBO, mostrando que
inventar
verdades é algo que essa turma sabe muito bem fazer, episódio a
episódio.
Paulo Gustavo
Pereira
apresenta o
programa
‘Loucos Por Séries’ no canal
‘Imagine
TV’ (TVA/Telefônica), e o programa
‘Almanaque dos Seriados’ pela ‘ClicTV’. Também é editor da
revista
‘Sci-Fi News’ e autor do ‘Almanaque dos Seriados’ (Ediouro) e “Animaq -
Almanaque dos Desenhos
Animados” (Matrix
Editora).
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