3 de maio de 2012

‘Loucos por Séries’


Loucos por Séries
Os Loucos da Avenida Madison.
C&N
Quase um ano e meio de espera, mas valeu cada dia. A quinta temporada de “Mad Men”, que começou a ser exibida no Brasil pela HBO, está tão densa e provocante como em seus primeiros momentos, em 2007. A demora envolveu longas discussões entre o criador e produtor Matthew Weiner, os executivos do canal AMC e o elenco. De melhores condições de trabalho, aumento no salário, até a possibilidade de merchandising durante a temporada, tudo foi alvo de discussão e briga. No final, todos se acertaram: a série ganharia mais duas temporadas, John Hamm também seria produtor, e Weiner mergulhou na condução da nova linha de ação para a série.
A quarta temporada parecia mostrar um Don Draper (Hamm), que é o personagem base de “Mad Men”, meio errático, tomando decisões complicadas com relação ao trabalho e sua vida pessoal. Depois de ter revelada sua dupla identidade por sua esposa, Betty (January Jones), Drapper mergulhou na bebida a ponto de quase perder o foco como diretor de criação da Sterling, Cooper, Draper & Campbell. A agência também perderia um de seus importantes clientes, os cigarros Lucky Strike, ficando numa crise sem precedentes dentro da história do seriado. Ao mesmo tempo, um personagem como a ex-esposa de Draper se mostra cada vez mais uma megera, brigando constantemente com a filha, Sally (Kiernan Shipka), e questionando o novo relacionamento do ex-marido com sua secretária, Megan (Jessica Paré), o que culminaria com um pedido de casamento.
A nova temporada começa com Megan organizando uma festa surpresa para comemorar o aniversário do maridão, que nunca foi muito chegado a comemorações desse tipo, por não lidar bem com o fato de ter duas identidades. O novo casal também tem causado uma forte impressão dentro da agência, especialmente depois que Megan deixou de ser secretaria, para ser assistente do departamento de criação de Peggy (Elizabeth Moss). Draper parece ter perdido o interesse em brigar por seu trabalho ou por novos clientes, já que sua fúria foi aplacada por Megan, com quem repartiu, pela primeira vez, o segredo de sua verdadeira identidade.
Só que nem tudo está maravilhoso no dia a dia da SCD&C. Pete Campbell (Vincent Kartheiser), o diretor de atendimento, tem trazido novas contas, e reclamado dos constantes ataques que Roger Sterling (John Slattery) vem fazendo a seus clientes, na tentativa de provar que, depois que perdeu a Lucky Strike, ainda é o grande gênio das contas da agência. O clímax do episódio acontece na festa de aniversário de Drapper, quando Megan canta uma sensual canção francesa, insinuando a todos o que pode rolar ao final da música.
Como o mundo da criação parece não ter fim - felizmente -, “Mad Men” continua abrilhantando as noites de segunda-feira da HBO, mostrando que inventar verdades é algo que essa turma sabe muito bem fazer, episódio a episódio.
Paulo Gustavo Pereira apresenta o programaLoucos Por Sériesno canal Imagine TV’ (TVA/Telefônica), e o programaAlmanaque dos SeriadospelaClicTV’. Também é editor da revistaSci-Fi Newse autor doAlmanaque dos Seriados’ (Ediouro) eAnimaq - Almanaque dos Desenhos Animados” (Matrix Editora).

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