‘Sabia que existe em Blu-ray?’
Tarantino criou diversos personagens que entraram
imediatamente para a
história do
cinema.
C&N
Ninguém
pode negar que os anos 1990 marcaram o auge do cinema
independente
norte-americano. Da noite para o dia, produções de baixo orçamento, que
privilegiavam a qualidade de seus roteiros, começaram a concorrer por espaço
nos
circuitos, de igual para igual, com as superproduções dos grandes
estúdios.
Como nos anos 1970,
Hollywood foi tomada por sangue novo. Cineastas ‘novatos’
apresentavam
seus trabalhos em festivais alternativos, com destaque para
Sundance, evento idealizado por Robert Redford e que
até
hoje tem o status de território sagrado do cinema independente. Eram filmes
dos
mais diversos gêneros, e que muitas vezes contavam com atores de peso que
desejavam revitalizar ou inovar em sua carreira.
Entre estes diretores estava Quentin Tarantino. Dois anos após se
tornar
lenda praticamente da noite para o dia depois que seu primeiro longa,
“Cães de Aluguel”, aclamado no Festival de
Sundance,
o cineasta lançou seu mais famoso trabalho, que mudaria de forma radical não
apenas sua carreira como toda a indústria do cinema: “Pulp Fiction
- Tempo de Violência”.
Contando com um
elenco de peso - que reunia nomes tão díspares como Bruce Willis, a
portuguesa
Maria de Medeiros e um John Travolta que enfrentava anos de
ostracismo - o longa conquistou as plateias do mundo inteiro, não apenas
pela
sua coragem em retratar o crime organizado de forma crua e desprovida de
glamour, mas especialmente pela inventividade do roteiro, que apresenta
diversas
tramas paralelas que vão se cruzando a todo instante, sem seguir uma ordem
específica com começo, meio e fim.
Com diálogos afiados e repletos de humor, Tarantino criou diversos
personagens que entraram imediatamente para a história do cinema, como os
pistoleiros interpretados por Travolta e Samuel L. Jackson; e
a
namorada do gangster, vivida por Uma Thurman (que se tornaria a
grande
musa de Tarantino).
Isso,
claro, sem mencionar cenas antológicas que parecem ocorrer
uma
atrás da outra, indo da dança de Travolta com
Uma a um violento estupro masculino - e tudo
mostrado de forma simples e assumidamente pop, palatável ao grande público,
no
que se tornaria a marca registrada do cineasta, bem como sua maior
qualidade.
Lançado pela Miramax, que dominou o mercado independente americano, o
filme
havia sido lançado em DVD no Brasil pela
Disney - que havia adquiriu o pequeno estúdio em 1993. Porém,
com
a venda da Miramax em 2010 (antes que o BD de
Pulp Fiction fosse lançado), os direitos do filme, no Brasil,
ficaram com a Imagem Filmes, que já havia lançado os
excelentes
“Kill Bill - Parte I” e “Parte
II”.
Assim, desde o
final do ano passado o título ganhou o mundo da alta definição no
Brasil,
tornando-se peça indispensável em qualquer coleção. Para os colecionadores,
vale
lembrar que todos os filmes assinados por Tarantino estão disponíveis no
formato
nas lojas brasileiras. Enquanto os dois Kill Bill e
Jackie
Brown já estão disponíveis pela Imagem; “À Prova
de
Morte” foi lançado pela Playarte; “Bastardos
Inglórios” com o selo da Universal; e “Cães de
Aluguel” pela editora NBO. Sem sombra de dúvida, um
investimento que vale a pena.
“Pulp Fiction - Tempo de
Violência” (“Pulp Fiction” - EUA - 1994 - 154’) Direção:
Quentin
Tarantino Com:
John
Travolta,
Samuel L. Jackson, Uma Thurman, Tim Roth,
Amanda Plummer, Eric Stoltz, Bruce
Willis, Ving Rhames, Phil LaMarr,
Maria de Medeiros e Rosanna Arquette,
entre outros
Blu-ray: Menu
interativo - Seleção de cenas Tela:
Widescreen
(16:9 /
1080p)
Áudio:
Dolby Digital (2.0 e 5.1) Idioma:
inglês e
português Legenda:
português e inglês Extras:
Making Of / Cenas Deletadas / Pulp Fiction: Os Fatos
/
Entrevista com o Designer de Produção e com a Decoradora de Cenário / A
Palma de
Ouro - Festival de Cannes 1994 / Charlie Rosa Show - Entrevista com Quentin
Tarantino / Programa Siskel & Ebert: A Geração Tarantino / Michael Moore
Entrevista a Equipe no Independent Spirit Award
Distribuição:
Imagem Filmes
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