“Flores do Oriente”
Um show de humor e ficção científica.
C&N
Em seu
filme anterior, “A Árvore
do
Amor”, Zhang Yimou já havia deixado bem clara a sua opção
pelo
melodrama rasgado. Agora, em “Flores do Oriente”, o famoso
cineasta chinês ratifica seu gosto pelo dramalhão. Mas com um detalhe: ele
esbanja talento no que faz.
A história, baseada na romance de Yan Geling, é ambientada
em
1937, momento em que o exército japonês empreende um sangrento cerco
à
cidade chinesa de Nanking. Em meio ao caos e à destruição, um
convento
católico é declarado zona neutra, e consequentemente não pode ser atacado
nem
por chineses, nem por japoneses. Em tese. A realidade, porém, se mostrará
bem
diferente. O lugar logo se transformará num improvável microcosmo da própria
insanidade da guerra, onde prostitutas, estudantes, soldados e um
falso
padre (Christian Bale) conviverão equilibrados pela tênue linha que
separa a loucura do instinto de sobrevivência.
Prepare-se para momentos grandiosos, pontuados por uma trilha
sonora
igualmente grandiloquente, belíssimas cenas bélicas em câmera lenta, direção
de
arte e fotografia impecáveis, lampejos de heroísmo, e o sempre recorrente
tema
da redenção e da segunda chance, tão presentes no cinema.
Cinemão? Sem dúvida. Com sabor de épico de guerra americano,
mas
totalmente Made in China. Com a técnica ocidental e a
sensibilidade oriental, derramadas durante quase duas horas e meia de um
filme,
que vai encantar a quem abrir o coração e deixar o melodrama
escorrer.
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“Flores do
Oriente”
(“Jin líng shí san chai”
-
China/Hong Kong - 2011 - 146’) Direção: Yimou
Zhang
Com: Christian Bale,
Paul Schneider, Ni Ni, Tong Dawei
e
Xinyi Zhang, entre
outros.
Distribuição: Playarte
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